Pesquisadores debatem geração sustentável de energia



Reduzir o degaste ambiental provocado pela crescente demanda por energia deve ocupar parte dos debates do Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade, que ocorre entre os dias 21 e 22 de novembro, e do 6º Fórum Mundial de Ciência (FMC 2013), de 24 a 27 deste mês, ambos os eventos no Rio de Janeiro.

“Todas as nações têm o desafio de suprir sua população com energia em qualidade suficiente, a preços acessíveis e sem atingir de uma forma severa o meio ambiente”, diz o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia e Ambiente (INCT E&A), Jailson Andrade.

Químico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Andrade participa do Seminário Brasil em dois momentos. Logo após a abertura do evento, na quinta-feira (21), ao lado de personalidades científicas nacionais e estrangeiras, ele integra a mesa de debate “A ciência e os desafios globais” mediada pelo jornalista Luis Nassif. Já na sexta (22), o pesquisador relatará as discussões realizadas no quarto dos sete encontros preparatórios ao FMC. No evento, será apresentada também uma síntese dos principais resultados das conferências regionais que antecederam o fórum.

De acordo com Andrade, o Brasil deve destacar a conexão entre recursos energéticos e hídricos. “A produção de energia depende de água e a qualidade dela para o consumo humano depende da energia”, afirma o químico. “A água está no centro da discussão. Veja como geramos energia fóssil, seja petróleo ou gás, biodiesel, etanol ou até mesmo energia nuclear.”

Sustentabilidade

O pesquisador alerta para os rumos tomados recentemente pelo consumo de energia não renovável. “No início deste século, a participação em escala mundial da energia fóssil na matriz era de 77% ou 78%, e havia expectativa de que esse número diminuísse, mas dez anos depois, a energia fóssil ocupa mais de 82% do total”, destaca.

Segundo o especialista, a tendência também afetou o Brasil, que, apesar de possuir uma matriz energética relativamente limpa, com hidroenergia e bioenergia, “botou o pé no acelerador em direção a petróleo e gás”. Na opinião dele, o país precisa incrementar o uso de fontes alternativas. “As energias eólica e fotovoltaica emitem níveis baixíssimos de dióxido de
carbono e usam pouca água.”

Andrade elenca quatro desafios do século em relação à sustentabilidade e à qualidade de vida: energia, água, alimentos e meio ambiente. “Qualquer aspecto relacionado à segurança energética, que é a questão do momento, implica em uso de água, em competição com os elementos e em preservação ambiental. Esses sistemas estão completamente relacionados”, explica.

O INCT E&A atua na vertente de energia, especialmente com a formulação, a geração e a certificação de novos combustíveis, e, por outro lado, estuda o impacto dos gases emitidos na atmosfera de centros urbanos brasileiros.

Fonte:

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



18/11/2013 17:27


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