PRESIDENTE DO CADE PEDE RAPIDEZ NA APURAÇÃO DAS DENÚNCIAS DO CASO AMBEV



O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gesner Oliveira, defendeu rapidez e rigor na conclusão do inquérito que está apurando a informação de que teria havido uma tentativa de influenciar o conselho na decisão sobre a fusão das cervejarias Brahma e Antarctica. Em audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle realizada na noite desta quarta-feira (dia 15), ele acrescentou que todos os integrantes do Cade estão com suas agendas abertas para que a Polícia Federal, se achar necessário, possa convocá-los a prestar informações que ajudem a elucidar o caso.- O inquérito da Polícia Federal tem que ser o mais rápido possível e acabar com cadeia para os responsáveis ou concluir pelo arquivamento. Porém, o Cade não vai condicionar sua decisão sobre a fusão ao resultado do inquérito policial. A lei não prevê essa hipótese e além disso abriria um precedente para que a cada disse-me-disse fossem suspensas as apreciações dos processos - comentou Gesner Oliveira.A possibilidade da existência de uma "orquestração" na tentativa de minar a credibilidade do Cade perante a opinião pública também foi levantada por Gesner Oliveira. Tal campanha, disse, só interessaria aos formadores de cartéis e demais infratores da ordem econômica. Ele garantiu que a decisão sobre a fusão da Brahma e da Antarctica será feita através de um julgamento isento, técnico e aberto ao público. "A Constituição garante o direito de quem não ficar satisfeito com o resultado recorrer à Justiça", completou.Gesner Oliveira também defendeu Hebe Romano, relatora do processo de fusão das cervejarias, contra quem foram encaminhadas duas petições solicitando seu afastamento da relatoria. Ele disse que a conselheira do Cade não pode ser colocada sob suspeição e que ela agiu corretamente ao denunciar que ouviu do advogado Airton Soares a afirmação de que existiria um esquema de corrupção para influenciar o resultado do julgamento do caso Brahma/Antarctica. Hebe e os conselheiros Marcelo Calliari e Ruy Santacruz também participaram da audiência pública da Comissão de Fiscalização e Controle, presidida pelo senador Romero Jucá (PSDB-RR).

15/03/2000

Agência Senado


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