Redução de empregos na indústria paulista deve continuar nos próximos meses, avalia Fiesp



A queda no nível de emprego da indústria paulista registrado em agosto deve se repetir nos meses seguintes. De acordo com dados divulgados pelo diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, nesta quarta-feira (14), o nível de emprego na indústria paulista caiu 0,47% no mês de agosto, com a redução de 13 mil vagas.

No acumulado de 2011, o índice teve aumento de 4,13%, com a criação de 107 mil postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses encerrados em agosto o crescimento foi de 1,46%, com 40.500 novas vagas. Com o ajuste sazonal, agosto registrou queda de 0,49%.

“Esse foi só o primeiro mês de queda. Aquilo que era um baixo nível [da atividade econômica] e andava do lado, chegou no emprego”, disse Francini. Ele afirmou que a entrada de produtos importados no País terá reflexos sobre a geração de empregos, a exemplo do que já ocorre com a atividade industrial. “Somos muito felizes porque a taxa de desemprego aberto está em 6%, mas começa a haver perda de empregos de melhor qualidade, remuneração, formação”.

Mesmo com expectativas pessimistas, a Fiesp ainda não pretende mudar as previsões de crescimento do emprego na indústria para este ano. “Existe uma indefinição no mundo e isso talvez tenha motivado a alteração de previsões desde o começo do ano. O governo começou com previsão de crescimento da economia de 5%, foi para 4% e agora está em 3,5%. Já reduzimos a nossa previsão anterior e a atividade da indústria deve ficar perto de 2%. Com relação ao emprego, talvez fechemos o ano com zero”, concluiu.

Segundo os dados, entre os setores analisados, 10 tiveram variação negativa em agosto, sete ficaram estáveis e cinco cresceram. Entre os que apresentaram queda estão couros e fabricação de artigos de couro (-3,9%), produtos alimentícios (-1,8%), produtos têxteis (-1,7%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-0,6%).

Entre os que criaram novas vagas aparecem bebidas (1,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1%), produtos de borracha e de material plástico (0,4%) e celulose, papel e produtos de papel (0,2%).


Fonte:
Agência Brasil



14/09/2011 19:10


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