Rollemberg quer população mais presente na vida política do país




Com o propósito de aproximar os cidadãos brasileiros da vida política do país, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) defendeu nesta sexta-feira (20), em Plenário, duas propostas de sua autoria que ampliam os mecanismos de participação da sociedade no Legislativo e no Executivo.

A primeira dessas proposições (PEC 03/11) reduz o número de assinaturas exigidas para a apresentação de projetos de iniciativa popular. Ele propõe que seja adotado critério semelhante ao usado para a criação de partido político: número de assinaturas equivalente a 0,5% dos votos válidos da última eleição para deputado federal, o que hoje equivale a 490 mil assinaturas.

As regras em vigor, explica ele, exigem que uma proposta de iniciativa popular receba o apoio de 1% do número total de eleitores registrados, o que representa 1,3 milhão de assinaturas. Na PEC, Rollemberg também abre à população a possibilidade de apresentar proposta de emenda à Constituição. A matéria está em discussão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

- As proposta de iniciativa popular contribuíram muito para aperfeiçoar e para moralizar o sistema político brasileiro - disse, lembrando que a Lei da Ficha Limpa teve origem na sociedade.

A outra proposição defendida pelo senador (PEC 29/2011) prevê que os administradores regionais do Distrito Federal sejam eleitos pela população, e não escolhidos pelo governador, como ocorre hoje. Além de Brasília, o DF é formado por outras 29 regiões administrativas (RAs), chamadas popularmente de "cidades satélites".

- Não proponho dividir o Distrito Federal em municípios, não proponho a criação de câmara de vereadores, não proponho qualquer aumento de despesa - ressaltou, ao explicar que pretende apenas garantir que a população escolha o administrador regional de Ceilândia, Taguatinga, Gama e das demais RAs.

- Acho absolutamente legítimo que as pessoas que moram nas cidades, que vivem os problemas das cidades e que conhecem a trajetória das lideranças da cidade, tenham o direito de escolher quem vai administrar a cidade - disse. Conforme explica, a medida acabaria com administradores regionais "que servem mais aos padrinhos políticos que os indicaram do que à população".

Deficientes auditivos

Em seu discurso, o senador também saudou a realização, na quinta-feira (19), de manifestação no Congresso Nacional que reuniu mais de 2.000 deficientes auditivos, seguida de audiência pública no Senado.

- Eles vieram afirmar que nenhuma política pública pode ser construída no Brasil, para as pessoas com deficiência, sem ouvi-los, sem receber as contribuições desse segmento.



20/05/2011

Agência Senado


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