Russos debatem ecologia na Subcomissão do Meio Ambiente



Os senadores da Subcomissão Permanente do Meio Ambiente, ligada à Comissão de Assuntos Sociais, receberam nesta quinta-feira (2) visita da delegação do Comitê de Ecologia da Duma Estatal, da Assembléia Federal da Rússia, para debater questões relacionadas ao meio ambiente. Os senadores foram unânimes em elogiar a recente assinatura do protocolo de Kyoto pela Rússia. O protocolo pretende diminuir a emissão de gases que produzem o efeito estufa e a associação da Rússia ao tratado permite que o mesmo tenha efeito legal.

A delegação russa foi recebida na subcomissão a pedido da embaixada da Rússia no Brasil. Esteve presente na ocasião o diretor do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), Nilo Sérgio de Melo Diniz. O diretor lembrou que a política ambiental no Brasil é feita "a muitas mãos", com grande participação da sociedade e dos três poderes da república. Diniz destacou que as quatro principais linhas de atuação do governo são atualmente o fortalecimento do sistema nacional de meio ambiente, com atuação do governo federal, dos estados e municípios; participação e controle social na defesa do meio ambiente; integração das políticas ambientais do governo e promoção da sustentabilidade ambiental para um novo círculo de desenvolvimento do país.

O presidente da Subcomissão, senador Juvêncio da Fonseca (PDT-MS), lembrou que a legislação brasileira sobre hídricos é modelo e sugeriu que os russos se familiarizem com o trabalho brasileiro nesse setor. Juvêncio lembrou que o Brasil é um dos países do mundo com maior disponibilidade em termos de água doce.

A presidente da CAS, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) informou tratar-se de uma visita parlamentar bilateral a fim de informar aos delegados russos sobre o que o país está fazendo na área de preservação e defesa do meio ambiente. Vânia elogiou o fato de a Rússia ter assinado o protocolo de Kyoto.

O presidente do Comitê de Ecologia Russo, Vladimir Gratchev, afirmou que também ficou feliz com a assinatura do protocolo de Kyoto pela Rússia, o que considerou "um grande passo para toda a humanidade" e informou que tiveram reuniões no Ministério do Meio Ambiente e com o Ibama e já estavam informados sobre as atuações brasileiras no setor.

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), presidente da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Sustentável Agenda 21, afirmou que uma grande dificuldade nas negociações brasileiras no comércio mundial de crédito de carbono (a ser recebido por países que emitem menos gás carbônico na atmosfera) era a falta de assinatura do protocolo de Kyoto pela Rússia ou Estados Unidos. A senadora prestou homenagem, em nome do Congresso e da frente parlamentar, à Rússia por ter assinado o protocolo. O fim da reunião foi antecipado uma vez que a delegação russa era aguardada pelo presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha.



02/12/2004

Agência Senado


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