Saúde anuncia plano de contingenciamento para combater dengue no Amazonas



Um plano de contingência para conter o avanço da dengue no Amazonas será aplicado no estado, com medidas para atender os doentes, evitando o agravamento dos casos. Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento a doentes será reforçado com 140 médicos do programa Saúde da Família, junto com 10 veículos e 35 máquinas para fumacê. Com a medida, o número de centros de saúde funcionando em horário estendido (até as 22h) durante a epidemia passará das oito atuais para 47 até o Carnaval.

O ministério repassará R$ 3 milhões para auxiliar o Estado em ações como contratação de pessoal, aquisição de insumos e equipamentos para assistência aos doentes, ampliação da campanha preventiva e ações de vigilância. O recurso adicional soma-se ao liberado por uma portaria de 10 de fevereiro, que destinou R$ 3,65 milhões ao Estado, usados na instalação de 60 novos leitos.

O plano foi anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no último fim de semana, em visita à capital do estado, Manaus. 


Sala de situação

Foi criada uma sala de situação para acompanhar a evolução da epidemia, com participação de dois técnicos do ministério que permanecerão em Manaus durante o surto. “A partir das necessidades apontadas pela sala de situação, o ministério poderá agir com mais eficácia e precisão no apoio ao governo do estado e aos municípios do Amazonas, inclusive realizando novos repasses de recursos”, enfatizou o ministro Alexandre Padilha. 

O Amazonas é um dos 16 estados com risco muito alto de epidemia de dengue em 2011. O alerta é do “Risco Dengue”, ferramenta que indica a probabilidade de epidemia ao combinar fatores do setor saúde (número de casos, circulação dos sorotipos virais, infestação pelo mosquito), de infraestrutura (saneamento e abastecimento de água) e demográficos (densidade populacional).

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro de 2010, revelou que Manaus estava em situação de alerta, com presença de focos do mosquito transmissor em 2,4% das residências. Humaitá – um dos municípios que enfrentam aumento de casos atualmente no estado – integrava a lista de 24 cidades com risco de surto, em todo o País.


Fonte:
Ministério da Saúde

 

23/02/2011 11:28


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