Senado festeja os 40 anos da Rede Amazônica



Em sessão especial nesta segunda-feira (17), em Plenário, o Senado comemorou os 40 anos da Rede Amazônica de Rádio e Televisão. Assim como o presidente da Casa, José Sarney, parlamentares da região destacaram o "pioneirismo e a coragem" dos fundadores do grupo em enfrentar obstáculos e incertezas para implantar uma rede de comunicação reconhecida como fundamental para romper o isolamento da Amazônia, promovendo a integração de seu povo com o país e o mundo.

- Nós costumamos celebrar essas datas redondas fazendo uma análise do que elas representam durante a sua passagem. Nesses 40 anos, o que temos a dizer da Rede Amazônica de Rádio e Televisão é do grande e inexcedível trabalho que ela prestou àquela região – observou Sarney.

A solenidade foi acompanhada pelo presidente do grupo, Phelippe Daou, e pelo diretor da sucursal em Brasília, Raimundo Faria Moreira. Eles compuseram a mesa, ao lado de Sarney e da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que sugeriu a homenagem, com apoio de outros colegas.

Vanessa Grazziotin destacou que o grupo de comunicação sempre demonstrou firme e decidido compromisso com a defesa da soberania e do desenvolvimento da região. Entre outras ações, ela citou o apoio do presidente da rede a favor da Zona Franca de Manaus e, mais recentemente, seu engajamento pela construção do Gasoduto Coari–Manaus, considerado essencial por possibilitar novos investimentos no Amazonas.

- Tem sido visível a luta cotidiana da Rede Amazônia em prol do desenvolvimento da região, sempre calçada na sustentabilidade. Nesse sentido quero parabenizar o senhor [Phelippe Daou] e todos os seus colaboradores do grupo, que, a exemplo da sua direção, estão sintonizados com essa política - elogiou.

Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), a existência da rede é “notável e digna” de comemoração. Entre fatos memoráveis, ele citou o lançamento do Amazon Sat, em 1988, um canal de satélite que permitiu a integração das emissoras de televisão do grupo, hoje presentes na maioria dos grandes municípios da Amazônia. Com isso, observou, a rede cobre a maior região brasileira em extensão geográfica, sendo a segunda rede nacional de televisão.

- O sonho de construir a grande rede de comunicação capaz de ajudar a desenvolver e integrar a Amazônia segue guiando a Rede Amazônica – disse Raupp.

O senador Jorge Viana (PT-AC) rememorou o pioneirismo na implantação da TV Acre, no começo dos anos 70, quando a maioria das pessoas sequer tinha televisão no estado. Destacou o esforço para que as fitas com a programação chegassem à capital Rio Branco, por avião, dois dias depois da veiculação nas áreas mais integradas do país. Lembrou que foi desse modo e com o apoio de um aparelho de televisão em praça pública que os moradores de Rio Branco acompanharam os jogos da seleção na Copa do Mundo de 1974, vibrando com as imagens dos gols de jogos já ocorridos.

- Foi assim que nós vencemos e sonhamos com a integração via comunicação – disse Jorge Viana, destacando importância dos fatos de então para os habitantes da capital do Acre.

Na avaliação de Randolphe Rodrigues (PSOL-AP), somente a “audácia” explica a iniciativa dos fundadores em implantar uma rede de comunicação numa região tão vasta e isolada como era a Amazônia. Disse que um ato especial de coragem foi a implantação da TV Amapá, em 1972, a primeira do então território federal. De acordo com o senador, os empresários aos quais foram oferecidos serviços de divulgação responderam com um conselho aos dirigentes da emissora: “Podem pegar a chave desta TV e jogar no rio”.

Conforme o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), os fundadores da rede de comunicação tiveram a ousadia de “pensar grande”, realizando um empreendimento proporcional ao “tamanho da Amazônia”.  Graças á atuação da rede, conforme Braga, as novas gerações de brasileiros de distantes locais da Amazônia estão recebendo informações e comunicações que se caracterizam por “uma brasilidade e um brasileirismo” não alcançados para os pelos mais antigos.

Histórico

O grupo empresarial surgiu de uma agência de propaganda, a Amazonas Publicidade, fundada em 30 de setembro de 1968. Os jornalistas Phelippe Daou e Milton de Magalhães Cordeiro se juntaram então aos empresários Joaquim Margarido e Robert Phelippe Daou para disputar concorrência que resultou na concessão do segundo canal de televisão de Manaus.

No início, a empresa transmitia programas da TV Record e da TV Cultura do Rio de Janeiro e, mais tarde, esteve afiliada à Rede Bandeirantes. A partir de 1983, quando houve a unificação das emissoras da Rede Amazônica, de Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Macapá (AP), esses canais passaram a ser afiliados da Rede Globo. Em 1986, a Rede Amazônica, de Manaus, também se filiou à Globo. Hoje o grupo atende 130 dos 450 municípios dos sete estados da região, estando ainda presente por meio de emissoras de rádio.



17/12/2012

Agência Senado


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