Sérgio Souza pede mais investimentos para produção de etanol de cana de açúcar



O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) elogiou nesta terça-feira (10) a iniciativa do governo federal de aumentar de 20% para 25% o percentual do etanol de cana de açúcar na mistura com gasolina como forma de reduzir as importações de gasolina pela Petrobrás. Em pronunciamento em Plenário, o senador ressaltou o grau de excelência do etanol produzido no país, mas alertou ser preciso investir no setor sucro-alcooleiro, que vem enfrentando dificuldades nos últimos anos.

Sérgio Souza explicou que o etanol de cana de açúcar foi classificado há dois anos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) como combustível avançado, por ser o menos poluente dos biocombustíveis viáveis comercialmente hoje no mundo. Para atingir essa classificação, o etanol precisa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40% em relação à gasolina. Especialistas indicam que a redução do etanol brasileiro de cana de açúcar é de 61%.

- Fica evidente o grau de excelência na produção e a viabilidade econômica atingidos pela indústria brasileira do etanol, o que não podemos de forma alguma negligenciar. O etanol brasileiro se mostra uma oportunidade extraordinária e estratégica para o nosso país – defendeu.

O problema, disse, é que o setor passa por uma grave crise e sua produção vem retrocedendo. Dados dos produtores apontam que, desde o início da safra 2012/2013 até 15 de junho, houve uma queda de 32,63% em comparação ao mesmo período de 2011. A produção nacional que, em 2009, abastecia 54% da frota de veículos médios do país, hoje já não passa de 35%, segundo a União de Indústrias de Cana de Açúcar (Única).

Sérgio Souza argumentou que é preciso aprovar incentivos para a produção nacional, a exemplo do que foi feito na década de 70 com o Pró-alcool. Segundo o senador, passado mais de 30 anos de investimentos públicos e privados, a indústria de etanol conseguiu elevar o álcool de cana de açúcar ao patamar de biocombustível de alta qualidade. Agora é preciso iniciar um novo ciclo de crescimento na produção de etanol.

- É preciso promover investimentos em nossas unidades produtoras, além de criar incentivos e políticas que deem maior competitividade ao etanol com menor tributação. Investimento em infraestrutura, em tecnologia, que elevem a eficiência dos motores flex. O cenário atual é preocupante afinal existente demanda crescente de combustíveis na ordem de 6% ao ano e o etanol não consegue acompanhar esse crescimento – afirmou o senador.



10/07/2012

Agência Senado


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