Serys diz que a violência contra as mulheres continua, apesar da Lei Maria da Penha



A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) lamentou em discurso que, apesar da vigência da Lei Maria da Penha, que pune a violência contra as mulheres, continuem a ocorrer no país crimes que chocam a população. Lembrou que o jornal Correio Braziliense desta terça-feira (11) estampou em manchete que Brasília é uma "cidade que espanca mulheres". O jornal revela que somente em 2008, 371 brasilienses "chegaram espancadas, esfaqueadas ou violentadas" às emergências dos hospitais da capital federal.

- Se isso acontece em Brasília, dá para imaginar o que ocorre no resto do país. Não é só em Brasília que há violência contra as mulheres. Em Pernambuco, houve em média um assassinato de mulher por dia, em 2006 e 2007. Elas foram assassinadas. Não estamos falando em lesão corporal, em humilhação, em qualquer tipo de discriminação - disse.

Para Serys Slhessarenko, "é estarrecedor perceber que esses monstros encontram no assassinato a melhor solução" para seus conflitos com as mulheres, "um desrespeito que remonta às mais antigas e vergonhosas origens de uma postura senhorial de posse, como se as mulheres fossem propriedade dos homens".

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) registrou a seguir, ao se solidarizar com a senadora Serys Slhessarenko, que nos últimos dias os paranaenses ficaram chocados com os "crimes bárbaros" que vitimaram três meninas, a mais nova com apenas 3 anos de idade. As outras tinham 8 e 9 anos.



11/11/2008

Agência Senado


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