Subcomissão de Saúde vai contribuir para melhorar atendimento da população, afirma Mão Santa



Por meio da realização de audiências públicas e da análise de propostas, a Subcomissão de Saúde tem importantes contribuições a dar para a melhoria da Medicina e do atendimento à população brasileira nesse setor. Essa é a intenção do senador Mão Santa (PMDB-PI), relator da subcomissão, que anunciou em Plenário as primeiras ações do colegiado, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Criada por iniciativa do senador Papaléo Paes (PMDB-AP), a subcomissão, de acordo com Mão Santa, vai realizar audiência pública com objetivo de encontrar os meios necessários para que o país volte a fornecer medicamentos à população carente. Segundo ele, o Brasil já teve essa política pública quando existia a Central de Medicamentos (Ceme). Apesar de produzir poucos remédios, disse Mão Santa, a Ceme supria praticamente todas as necessidades para combate às enfermidades mais comuns no país.

Reconhecendo que os medicamentos genéricos são de boa qualidade e mais baratos, o senador avalia, porém, que a sua introdução não resolve o problema de acesso aos remédios, já que grande parcela da população está desempregada.

- De que vale ter a prescrição se o povo não pode adquirir o medicamento? O desemprego é a maior doença do país. A saúde não é apenas a ausência de enfermidade, mas o mais completo bem-estar físico, mental e social. É daí que parte nosso compromisso de combatermos a miséria e a fome - declarou o senador, informando que vai convidar para uma audiência pública no colegiado representantes de laboratórios nacionais e internacionais e profissionais que possam narrar a experiência da Ceme.

Mão Santa também criticou o Programa de Saúde da Família, instituído pelo governo passado, já que, diferentemente do que acontece em Cuba, país no qual foi inspirado o programa, os médicos não vivem nas comunidades. Quando começam a se identificar com a população e, naturalmente, a se transformar em lideranças comunitárias, continuou o senador, os médicos perdem seus contratos, que são precários e firmados por políticos.

Em outra audiência pública, Mão Santa disse que a subcomissão, presidida por Papaléo, vai analisar a situação de doentes de insuficiência renal que necessitam de hemodiálise. Atualmente, comentou, o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem conseguido atender esses doentes. A definição em lei do ato médico, com detalhes sobre quais as funções de cada um dos profissionais da área de saúde é outro assunto a ser examinado pela subcomissão, anunciou o senador.



30/05/2003

Agência Senado


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