Tasso Jereissati diz que modelo energético brasileiro não pode ser discutido por meio de medida provisória



Ao discursar logo após o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que o Senado não pode aceitar discutir o modelo energético brasileiro por meio de medida provisória. Desde as 17h30, o Plenário trata da MP 396/07, transformada no projeto de lei de conversão (PLV) 1/08, que permite à Eletrobrás compor consórcios com empresas privadas para explorar energia elétrica.

Tasso também criticou a fala de Jucá, que disse que a oposição estava usando o regimento para dificultar a votação de outra matéria, o PLV 2/08, que cria a TV Brasil. Esse projeto só pode ser votado após a deliberação do PLV 1/08, e se não for apreciado até o dia 21 de março, a MP perde sua eficácia.

- Esse foi um dos pronunciamentos mais lamentáveis que já ouvi nesta Casa, essa declaração do líder do governo, que qualificou qualquer tentativa de que fizéssemos valer a verdade e a legalidade das propostas aqui como uma atitude de catimba por parte da minoria. Não vou aqui hoje dizer como a maioria é construída porque infelizmente o Brasil todo sabe como ela é construída. Essa MP explica. O Orçamento explica como essa maioria é construída. O empenho do governo em votar o tal anexo ilegal e corrupto explica como essa maioria é construída: comandada por essas lideranças que são eternamente do governo - ressaltou Tasso Jereissati, referindo ao líder do governo.



11/03/2008

Agência Senado


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