TEBET: MATO GROSSO DO SUL TERÁ TRÊS TERMELÉTRICAS COM GÁS BOLIVIANO



TEBET: MATO GROSSO DO SUL TERÁ TRÊS TERMELÉTRICAS COM GÁS BOLIVIANO

O presidente da Repúblicaanunciou no final da semana passada que Mato Grosso do Sul terá três termelétricasmovidas pelo gás importado da Bolívia, informou ao plenário o senador Ramez Tebet(PMDB-MS). Fernando Henrique Cardoso garantiu ainda que a usina de Corumbá, cidade àsmargens do rio Paraguai e na divisa com a Bolívia, comprará o gás por preço maisbaixo, conforme o senador.
- Não vejo sentido o gás ter um preço baixo a poucos quilômetros de Corumbá, emterreno da Bolívia, e a termelétrica da cidade ser obrigada a pagar um preço pelocombustível como se estivesse localizada em São Paulo - disse Tebet. Ele observou queembora o cidadão comum não veja importância nessa discussão, o gás da Bolíviareduzirá os custos energéticos das indústrias em 30%, permitindo que elas ofereçamprodutos mais baratos.
Conforme o senador, as outras duas termelétricas garantidas pelo presidente FernandoHenrique ao Mato Grosso do Sul ficarão em Campo Grande. Uma quarta usina poderá serconstruída em Três Lagoas.
Para Tebet, a construção das termelétricas mostra que finalmente o desenvolvimentoestá chegando "ao extremo interior do país", porque "sem eletricidadehoje não há progresso". Corumbá, na expressão de Ramez Tebet, "até agora éuma cidade isolada do país" e só a oferta de eletricidade e a construção de umaponte sobre o rio Paraguai, já iniciada, mudarão este quatro. Ele informou que o MatoGrosso do Sul é rico em minérios e a Companhia Vale do Rio Doce já admite apossibilidade de instalar uma indústria siderúrgica na região, usando o gás importado.Acrescentou que as três usinas deverão estar funcionando em quatro anos.
Em aparte, o senador Romero Jucá (PSDB-RR) informou que o presidente da Repúblicaanunciou um programa para construção de 42 termelétricas no país, incluindo algumas naAmazônia, inclusive em Roraima. No caso do Amazonas, a idéia é aproveitar o gásdescoberto pela Petrobrás em Urucu.



28/02/2000

Agência Senado


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