Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após lançamento do Programa 'Carteiro A



Parte I

Parte I Pergunta: Qual a importância do Projeto Carteiro Amigo? Alckmin: Esse projeto é importante porque os Correios estão presentes nos 645 municípios do Estado, na Zona Urbana e na Zona Rural. Nós temos 13 mil carteiros aqui em São Paulo e esse convênio vai possibilitar que o carteiro leve informações sobre saúde. O Governo do Estado fará todo esse material, impressos, folders, e vai preparar todas as informações de promoção de saúde. Nossos carteiros serão verdadeiros bandeirantes da saúde, levando essas informações de casa em casa. Pergunta: Isso na prática começa quando? Alckmin: Assinado o protocolo, já teve início. Agora é só providenciar esse material e entregar aos Correios. Imediatamente terá início. Pergunta: (inaudível)... Alckmin: Nós também somos contrários ao fechamento do Canal de Pereira Barreto. Acho que essa hipótese não deve ser cogitada, nós devemos fazer todo o esforço, aliás, a população está dando um grande exemplo de racionamento espontâneo, de economia. O fechamento deve ser evitado. Essa é uma decisão do Governo Federal, mas a posição de São Paulo é muito clara, foi uma luta para termos a hidrovia. Com a eclusa de Jupiá nós completamos 2.400 quilômetros de hidrovia no Estado de São Paulo, estamos em pleno transporte da nossa produção agrícola, da nossa safra. Isso é importante para São Paulo, para a região Centro-Oeste, nós já transmitimos isso para o Governo Federal. Pergunta: Por falar em racionamento, o Estado de São Paulo vem economizando energia elétrica, mas já se fala hoje em um Plano B. O senhor acha que vai ser necessário isso, apagão de até quatro horas? O senhor tem informação sobre o apagão de ontem aqui em São Paulo? Alckmin: O apagão de ontem não tem nada a ver com o racionamento, nem com falta de energia. Foi um problema técnico, específico, perfeitamente já superado e não tem nenhuma relação. Acho que o fato importante é a colaboração da população. Todo mundo está colaborando, há um esforço coletivo e essa colaboração faz que a crise seja passageira, que o seu custo seja menor, que se preserve o emprego, que é o mais importante, e o crescimento da atividade econômica. E quem está de parabéns nesse episódio e merece elogios é a população. Pergunta: Como está o balanço do racionamento no Estado de São Paulo? Alckmin: No Estado nós estamos acima da meta de 20%. Isso varia dia a dia. A última informação que eu tive era próximo de 23%. No Governo de São Paulo, 27%, e no Palácio dos Bandeirantes, 45% de diminuição no consumo. Pergunta: O senhor não acredita no apagão, então? Alckmin: Eu torço muito para que não haja, pois as conseqüências serão ruins. Eu acho que com essa participação intensiva da população nós poderemos superar essas dificuldades. Pergunta: (inaudível)... Alckmin: Eu sou de origem mineira, a exemplo do ministro Pimenta da Veiga. O povo mineiro é muito sábio e tem dado uma demonstração de solidariedade, entendendo a situação difícil que nós estamos passando e fazendo sim economia, evitando qualquer tipo de gasto que não tenha explicação. Pergunta: O Supremo pode julgar nessa semana o pedido de intervenção do Estado em virtude do não pagamento de precatórios. Assusta o Governo esse julgamento? Alckmin: Nunca ninguém pagou tanto precatório como o atual Governo. O Governo Quércia, em quatro anos, pagou em torno de R$ 200 milhões de precatórios. O Governo Fleury, em quatro anos, pagou em torno de R$ 800 milhões em precatórios. O Governo Mário Covas, em quatro anos, pagou R$ 1,5 bilhão em precatórios. Nós pagaremos, apenas este ano, quase R$ 800 milhões em precatórios. O Governo do Estado de São Paulo, no Brasil, é um dos poucos que está pagando precatórios. No dia 31 de maio, nós pagamos R$ 60 milhões de precatórios alimentares, que é o mais importante. Agora, decisão de Suprema Corte não se comenta. Pergunta: Essa semana o senhor vai completar cem dias à frente do Governo do Estado. Uma das grandes preocupações da população, além da violência, seria a questão dos pedágios. Em julho nós vamos ter novo aumento de pedágio nas rodovias estaduais. O secretário Michael Zeitlin, dos Transportes, afirmou que quem trafega nas estradas são pessoas das classes A e B. O senhor concorda? Alckmin: Obviamente ele se referia a quem possui automóvel, mas todos trafegam nas nossas estradas. O importante é que São Paulo tem 33 mil quilômetros de rodovias estaduais, incluindo as vicinais, e nós temos apenas três mil e quatrocentos quilômetros de rodovias pedagiadas, que são os principais troncos rodoviários. Isso possibilita a manutenção das rodovias. Possibilita investimentos novos. São Paulo possui as melhores rodovias do Brasil. Foi entregue agora, domingo retrasado, mais 40 quilômetros de auto-estrada, na rodovia dos Bandeirantes, entre Campinas e Santa Bárbara. Até dezembro serão entregues mais 40 quilômetros de auto-estrada. Só essa concessão gerou três mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Quando é que o Estado poderia estar fazendo a segunda pista da Imigrantes, ligando o Planalto até o Litoral? Tudo isso sendo feito sem dinheiro público, com recursos de concessão da iniciativa privada, diminuíram os acidentes, as mortes nas estradas. Está embutido no pedágio o atendimento ao usuário, atendimento mecânico, guincho, médicos, sistema de telefonia, comunicação, monitoramento por de câmeras de vídeo. Se pudesse não cobrar, seria melhor, mas você está cobrando de quem usa a rodovia, é mais justo do que a dona Maria, que mora lá no Pontal do Paranapanema, que não vai para o Litoral e que não tem carro, pagar a construção de uma estrada com impostos. Paga quem utiliza a rodovia, paga mais quem usa mais e menos quem usa menos. Isso gera empregos, amplia a boa infra-estrutura do Estado de Sã

06/11/2001


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