União de países latino-americanos é necessária para enfrentamento da crise, diz ministro



O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior defendeu, nesta quarta-feira (30), a união dos países emergentes para o enfrentamento dos efeitos colaterais da crise econômica mundial. Segundo o ministério, essa é a única forma das nações alcançarem a integração econômica.

"Gastamos muito tempo com discursos sobre o curto prazo, mas temos, agora, que traçar metas para os próximos dez anos para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento dos nossos países", disse o  ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao participar da Conferência Américas+10: Empresas e Empresários nas Américas em 2022. O encontro discute projetos de desenvolvimento regional dos países da região para os próximos dez anos e é coordenado pelo Conselho Empresarial da América Latina (Ceal-Brasil).

Pimentel lembrou que a presidenta da República estará nesta quinta-feira (1º) em Caracas, na Venezuela, para participar da Cúpula de Fundação da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O ministro destacou a importância do encontro que reunirá 33 países que, juntos, têm um Produto Interno Bruto (PIB) superior ao da China. "Por isso, a união dos países é importante, pois, isoladamente, cada um pode parecer pouco, mas juntos nos tornamos todos fortes".

O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, analisou que a situação atual do mundo demanda uma ação forte e coordenada dos países da América Latina que, assim, podem dar sua contribuição na busca pelo equilíbrio econômico global. "Mesmo com a crise atual, não podemos perder o foco para as oportunidades", observou. "Os países da nossa região têm crescido a taxas importantes nos últimos anos e superamos os efeitos da crise de 2008. Temos agora que implementar, internamente, estruturas de desenvolvimento sólidas para promover novos avanços".

A crise econômica mundial, segundo Paulo Tigre, inspira um "olhar empresarial para as oportunidades que surgem” para que se promovam novas formas de atuação. Para isso, o vice-presidente da CNI enfatizou que o empresariado, em cada país, tem que ter o apoio de seus governos. Ele defendeu a formação de uma agenda comum de desenvolvimento para a inserção do Brasil no mercado externo. A nova globalização, de acordo com o vice-presidente da CNI, mostra uma tendência menos excludente e mais multipolar, trazendo a todos os países novas perspectivas.


Fonte:
Agência Brasil



30/11/2011 18:03


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