Vanessa Grazziotin pede fim da discriminação racial e respeito aos portadores da síndrome de Down



O Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Internacional da Síndrome de Down, ambos comemorados nesta quinta-feira (21), foram lembrados em Plenário pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

A data para marcar o combate ao racismo, explicou, foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 1976, após muita pressão dos movimentos de luta contra o racismo em todo o mundo, principalmente contra o regime racista da África do Sul.

A senadora exaltou a forte herança sociocultural dos africanos no Brasil e lembrou que o escravismo moldou a história do país.

- A discriminação racial, no Brasil, passou a ser compreendida no quadro da nossa experiência escravista. A escravidão sedimentou, durante os quase quatro séculos da sua vigência, a maneira como os africanos e seus descendentes eram socialmente definidos pela sociedade brasileira, contaminando todos os seus valores e atitudes. A história da experiência escravista em nosso país não é apenas uma história de dor, de violência, de opressão. A escravização e o tráfico de pessoas representaram traumas, em alguns casos ainda não superados - afirmou.

Vanessa Grazziotin ressaltou o empenho do governo Lula (2003-2010) na promoção da igualdade e no combate ao racismo, lembrando a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a promulgação da Lei 10.639/2003, que incluiu o ensino da cultura e da história da África na grade curricular das escolas.

- Isso é muito importante, porque é um compromisso que o presidente Lula trouxe desde a sua militância, no período em que foi operário durante muitos anos e conviveu com muitos negros, sentindo na pele o que é a discriminação racial - disse.

Ela também elogiou a ação do governo nos processos de titulação de terras das comunidades quilombolas. Segundo a senadora, 1.820 comunidades remanescentes dos quilombos foram certificadas pela Fundação Palmares. Ela salientou que, de 1995 a 2012, foram tituladas 207 comunidades, com a expedição de 139 títulos de propriedade em 124 territórios, num total de um milhão de hectares, contemplando cerca de 13 mil quilombolas.

- O grande incentivo ao crescimento desses números veio exatamente dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma, pois, até 2002, apenas 34 títulos haviam sido concedidos – afirmou.

Down

Vanessa Grazziotin também lembrou que a data relacionada à síndrome de Down foi instituída pela ONU no ano passado, e motiva inúmeras atividades pelo mundo para estimular a convivência harmoniosa e respeitosa com os portadores da síndrome, que atinge uma em cada mil pessoas. Descrita pelo médico britânico John Langdon Down no século 19, a síndrome de Down é resultante de uma alteração cromossômica.

- Em várias cidades brasileiras são realizadas ações de conscientização em prol dos direitos das pessoas com síndrome de Down – explicou.



21/03/2013

Agência Senado


Artigos Relacionados


Padre Roque Grazziotin defende o fim da discriminação racial

Vanessa Grazziotin lembra amor e respeito do povo por José Alencar

Vanessa Grazziotin vai pedir urgência para projeto que penaliza discriminação de homossexuais

Lídice da Mata pede reflexão sobre discriminação racial

Embaixador da OMS pede no Senado luta contra discriminação a portadores da hanseníase

Paim pede aprovação dos projetos que criam os estatutos dos portadores de deficiência e da igualdade racial