GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
(Elza Soboslai)
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
Gregório de Matos Guerra nasceu no dia 07 de Abril de 1633, em Salvador na Bahia, foi um advogado e poeta brasileiro da época colonial.
Sem sombra de dúvida, foi a grande expressão do Barroco no Brasil. Seus poemas refletem a sociedade brasileira da época. Escreveu poemas satíricos, líricos e religiosos, mas foi como poeta satírico que granjeou grande fama.
Ficou conhecido como na história da literatura como “Boca do Inferno” ou “Boca de Brasa”, por causa de suas sátiras e de sua poesia erótica. Teve uma vida agitada e difícil, por causa de sua veia satírica e mordaz, mas sendo um autor barroco e, portanto, surpreendente e contraditório, esse mesmo “Boca do Inferno” também disse coisas belíssimas sobre o amor.
Gregório de Matos refletindo o dualismo barroco, ora demonstrava a aversão que sentia pelo clero, ora revelava em seus poemas uma profunda devoção às coisas sagradas, ora escrevia versos pornográficos e sensuais.
Como filho de senhor de engenho, pode estudar em Portugal, para onde se mudou aos 14 anos de idade. Lá passou 32 anos e retornou ao Brasil em 1682, nomeado para funções na burocracia eclesiástica de Sé da Bahia, mas foi destituído em 1683.
Casou-se com Maria dos Povos, a quem dedicou belíssimos sonetos, mas isso não impediu a sua decadência social e profissional.
Em 1694 foi deportado para Angola, porém, como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebe a permissão de voltar ao Brasil, ainda que não possa voltar à Bahia.
Gregório de Matos faleceu no Recife em 1695, com uma febre contraída em Angola.
Não publicou em vida nenhuma edição de sua obra, o que deixa dúvidas sobre a autenticidade de muitos textos a ele atribuídos. Entre seus grandes poemas está o "A cada canto um grande conselheiro", na qual critica os governantes da "cidade da Bahia" de sua época.
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