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Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos VI
(BOGDAN; R. C.; BIKLEN; S. K)

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Capítulo VI – Redação da investigação.

O que o investigador planeja escrever com os dados coletados afeta o que escreve e a forma como organiza a escrita. Nesse capítulo os autores procuram dar pistas e ensinar o que é preciso para se escrever bem um artigo sobre investigação qualitativa.


Por onde começar.
Quando escrevemos temos que tomar a decisão de começar e continuar. Escrever não é fácil. É necessário desenvolver padrões de trabalho, confiança e determinadas competências. Na opinião dos autores, o investigador já começou a escrever quando conseguiu coletar e organizar os dados da forma como eles sugeriram ao longo do livro.


Um bom manuscrito.
Um bom texto precisa ter um objetivo claro e encontrar esse objetivo quer dizer decidir o que se quer dizer ao leitor. Um bom texto também se concentra num só aspecto, apesar de existirem vários tipos de focos. Os autores citam alguns tipos de focos, a saber:
Tese: uma proposta que se avança e se defende.
Tema: um conceito ou uma teoria que emerge dos dados. É conceitual.
Tópico: unidade de um aspecto particular do objeto de estudo. É descritivo.
Muitas vezes o foco é híbrido. E qual o melhor tipo de foco? É preciso estar atento à tradição escrita com a qual trabalhará, mas ninguém utiliza um único tipo de foco excluindo todos os outros.
A escolha do tipo de foco depende da familiaridade do pesquisador com o campo de estudo e de suas competências. Segundo os autores, investigadores mais experientes tendem a escrever uma tese ou tema, mas não excluem os tópicos.
Um conselho dado pelos autores é que o foco deve ser escolhido a partir dos dados que coletou, analisou e codificou. Não deve centrar-se numa área onde os dados que coletou foram escassos.
Os próprios autores reconhecem que o que explicaram aqui é óbvio, mas julgam freqüentemente esquecido. Na minha opinião a escolha do formato da escrita do trabalho realizado é uma questão de bom senso e de uma boa orientação. Não é fácil tomar essas decisões e o orientador deve estar atento para guiar o investigador no caminho da escolha mais coerente com seu tipo de trabalho.
Em seguida os autores trazem a divisão das partes principais do texto com algumas explicações e sugestões.

Introdução
O artigo começa pelos antecedentes gerais necessários à compreensão da importância do foco. Segundo os autores, existem duas estratégias: uma é colocar o trabalho no contexto teórico ou no debate atual; a outra consiste em explicar a tarefa que se vai realizar.

Desenvolvimento
Constitui o esqueleto do texto e provém do foco. Aqui é o lugar de executar o que foi prometido na introdução: discutir a tese, apresentar o tema ou iluminar o tópico. Cada seção deve ser estruturada da mesma forma em todo o texto, contendo introdução, desenvolvimento e conclusão. Um bom trabalho qualitativo é documentado com boas descrições provenientes dos dados e as citações dos sujeitos têm papel importante nesse momento, pois possibilita convencer o leitor de que o que expõe é plausível.
O estilo da apresentação é também um aspecto importante na redação de um bom texto. Os pesquisadores qualitativos dispõem de vários modos de apresentar os resultados. Podem optar pelo estilo de determinadas escolas, como as que fazem etnografia, etnografia constitutiva ou microetnografia, por exemplo.

Conclusão
Pode-se fazer uma série de coisas na conclusão: reafirmar o foco; elaborar implicações do que acabou de apresentar; apresentar uma proposta de investigação subseqüente. Apesar de essa seção ter sido explicada bem resumidamente, foi de grande esclarecimento para mim, pois sempre me pergunto como fazer para chegar às conclusões e como colocar isso de uma forma que não demonstre arrogância por parte do pesquisador. Como, “eu cheguei a essa conclusão, é isso e pronto!”. A possibilidade de concluir apresentando uma proposta de continuação da investigação é muito boa nesse aspecto.


Considerações finais sobre a escrita.
Aqui os autores dão algumas sugestões finais sobre a escrita.

Divida a tarefa em partes passíveis de serem manipuladas;
Force-se a começar a escrever;
Tente encurtar o que escreveu;
Evite escrever frases na voz passiva. Prefira a voz ativa;
Leia artigos e livros de investigação qualitativa que estejam bem escritos;
Procure publicar seu trabalho;
Sempre que começo a escrever um texto me pergunto sobre o que devo e o que não devo colocar nele; qual a linguagem correta a ser utilizada; qual o tamanho ideal para esse texto; quais os tipos de bibliografia são mais adequados... É de grande ajuda ter uma noção do que se espera do texto a ser escrito, quais os erros que não se deve cometer, etc. Por isso, considerei importante esse capítulo.



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