A bomba nuclear que sumiu
(Revista Terra)
Quem diria que, naquela manhã calma, 16 de janeiro, há 42 anos, 1966, o pescador Francisco Ortiz, testemunharia, ocularmente, a queda de quatro bombas atômicas. Tais artefatos de hidrogênio cairam em uma pequena vila de pescadores ao Sul da Espanha chamada Palomares. Ao se espatifarem contra o solo, estavam descarregadas e não explodiram, porém, entre os destroços, deu-se a falta de uma delas. A aeronave americana que as carregava, um bombardeiro B-52, se chocou com o avião-tanque que o abastecia ao sobrevoar o Mediterrâneo, matando 16 de seus 20 tripulantes. Por representar grande risco pelo material radiativo, foram feitas buscas imediatas após o acontecimento, sendo que, além dos destroços , 1400 toneladas de terra foram retiradas do local e levadas para um depósito de lixo tóxico nos Estados Unidos. A quarta bomba que caiu no mar, só foi encontrada 8 dias depois, graças ao depoimento do pescador Ortiz que dias depois pleitiou para sí a posse da bomba, ou a indenização de 20 milhões de dólares. Se baseou na Lei de propriedade e de recuperação de naufrágios, Mas, luta inglória. Era um simples pescador corajoso ou ingênuo, diante dos tribunais americanos.
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