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Limites sem trauma
(Tania Zagury)

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De acordo com a Unesco e o Estatuto da Criança e do Adolescente, toda a criança tem o direito de receber os devidos cuidados físicos e emocionais, boa educação e um desenvolvimento estável para que se torne um adulto saudável, além de um verdadeiro cidadão . Cabe aos pais,   cuidar e educar seus filhos. Mas, convenhamos, nos últimos tempos, mudou   radicalmente a forma como as crianças vêm   sendo   educadas. Nas gerações anteriores, o que imperava era o autoritarismo, sendo a criança entendida como um ser que nada sabia e, por isso, os adultos tinham que ensiná-la, corrigi-la, castigá-la e   até bater quando fosse necessário. Já nos dias atuais, todos já puderam perceber que a forma de educar passou por uma mudança radical.   A criança não só passou a ser mais respeitada em sua individualidade e em suas necessidades, mas, principalmente ,   é ela agora quem   exerce o   autoritarismo sobre seus pais.   Isso trouxe uma profunda transformação nas relações familiares e, para a maioria dos pais, exercer o dever de educar está se tornando uma missão quase que impossível. O epicentro desse conflito pode ser encontrado nos tão comentados limites que devem ser estabelecidos, já que os pais buscam desesperadamente retomar o controle que foi perdido e se encontram em estado de desorientação total quanto ao tipo de atitude a ser tomada,   sem   saber quando dizer SIM ou NÃO, pois têm medo   de provocar traumas   em seus filhos, ao mesmo tempo, que ainda   desejam formá-los adeqüadamente, para que se tornem no   futuro cidadãos dignos e pessoas realizadas profissionalmente.   E é justamente esse medo de traumatizar   que tem impedido que os pais imponham   os limites necessários aos seus filhos, desde pequenos, fazendo com que compreendam que todas as pessoas, indistintamente, devem ser respeitadas. A criança precisa aprender e entender que pode fazer muitas coisas, mas nem tudo e nem sempre.   No entanto, o que se tem percebido é que nem mesmo os próprios pais têm noção exata do que deve ser considerado como limite. Muito se tem debatido e escrito a respeito, mas devem ser considerados como princípios básicos para a   educação de uma criança: a)- educar através do exemplo, sendo este, fonte e referência saudável para a formação dos filhos; b)- ensinar a criança que nem todas suas vontades poderão ser satisfeitas e que, quando lhe for dito um NÃO, deve acatá-lo porque é necessário , devendo essa negativa ser mantida por parte dos pais, pois, caso contrário, passarão a não ser merecedores de crédito; c)- explicar sinceramente o porquê do NÃO que foi dito,   já que muitas coisas não podem ser feitas porque não são corretas ou inoportunas; d)- educar a criança para que saiba quais são seus direitos, mas, principalmente, seus deveres, já que o que apenas vem predominando são os direitos; e)- demonstrar para ela e agir firmemente em tudo a que se refere aos seus desejos de consumo, diferenciando com clareza o que é necessário e o que é derivado da compulsão; f)-   fazer com que ela saiba que não   é o centro do universo e que na família e na sociedade há outras pessoas, tão importantes quanto ela. É preciso salientar que não basta conhecer quais são os limites que serão estipulados, mas dar uma resposta efetiva aos pais quanto à grande indagação que sempre se faz presente: como educar, disciplinando a criança, sem bater, mas através do uso de limites? Inicialmente, é preciso que os pais saibam que toda criança tem necessidade de se sentir amada e que o primeiro passo a ser dado nessa direção através do uso do elogio quando a criança apresenta bom comportamento. E isso pode ser feito de diferentes formas: fazendo um afago ou um carinho, não permitido que o bom comportamento apresentado se torne material de troca, ou seja, oferta de bem   material ou de qualquer outra coisa que faça parte do mundo do consumo pela atitude correta que teve,. Uma conversa franca e direta com a criança   quando ela erra, explicando e fazendo com que reflita sobre as atitudes incorretas cometidas, é importante para que assuma as conseqüências dos seus atos. Deve-se ainda   tomar o cuidado necessário em não rotular os filhos devido a uma atitude incorreta que tiveram para que não se sintam humilhados e com queda da auto-estima. Enfim,   educar é uma tarefa bastante complexa, mas ela pode ser mais fácil se, desde o início, os pais souberem ensinar o que é certo e o que é errado, tomando o devido cuidado de não desrespeitar a criança e, muito menos, agredi-la. Este é o passo inicial a ser dado em direção à cultura da paz, da solidariedade, da fraternidade e do respeito ao diferente.



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