Perfume - A história de um assassino
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Acabei de ver Perfume - a História de um assassino e tenho que dizer que o filme é no mínimo ousado. Oferece um enredo bem costurado e com um toque de surrealismo e sarcasmo onde não se vê em qualquer película por aí. A plástica não deixa nem um pouco a desejar, onde fotografia e sonoplastia estão em completa harmonia. Pode-se considerar que esse é um audiovisual para se apreciar com o olfato, pois um expectador que se entregue verdadeiramente à história, não apenas se sentirá dentro do filme, mas conseguirá até sentir seus odores.
A história se passa na França do século XVIII e conta a vida de um órfão que nasceu com um olfato hiperdesenvolvido. Vive na miséria até se envolver com a perfumaria. A partir daí pasas a viver em busca da produção do perfume perfeito.
Há um interessante dualismo entre o civilizado e o selvagem, o homem e o animal, frieza e sensibilidade. Ao mesmo tempo que Jean-Baptiste tem um caráter subdesenvolvido, animalizado, ele possui uma hipersensibilidade de apreciar os cheiros do mundo como nenhum homem tem.
Em sua busca pelo perfume perfeito, onde pouco a pouco ele se torna um assassino, a frieza do animal ao matar sua presa confunde-se com a frieza do cientista ao distanciar-se do seu objeto de estudo.
De uma maneira positiva, é diferente do que se vê normalmente no cinema.
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