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Between the Sea and the lagoons
(LAW; Robin)

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A Costa dos Escravos está localizada entre o rio Volta e a cidade de Lagos. Esta não foi uma área de empreendimento africano, concentrava-se mais nos rios e lagunas evitando o mar aberto. Apesar disso,a região inseria-se no comércio Atlântico através da navegação local, entre os lagos localizados entre o mar e a costa. Estuda então essa região lacustre, localizada no antigo reino de Daomé e o sudeste da atual Nigéria.
- O ambiente físico e suas conseqüências históricas
A geografia física da região revelava dificuldades para apontar os barcos europeus por diversos motivos: bancos de areia, forte rebentação, correntes que corriam em direção leste, tubarões etc. Além dos europeus, os próprios grupos africanos que moravam nessa região encontravam dificuldade em explorar mar, observavam os viajantes europeus.
Diferentemente da dificuldade com o mar, a população da região explora com facilidade o sistema de rios e lagos, daí que a navegação do mar aberto não era feito por conta de não possuírem tecnologia, mas sim perceberem que esse tipo de navegação não era interessante economicamente, preferindo os sistemas de lagos na costa, onde era possível fazer a pesca e a comunicação.
Esses sistemas lacustres não eram isolados do oceano, há neles algumas saídas que se conectam ao mar, algumas delas dependentes dos ciclos das chuvas. Apesar da existência desses canais entre o oceano e os lagos geralmente a entrada de barcos não era possível devido aos bancos de areia existentes.

- A população e suas tradições
As populações ao longo dessa região costeira tendiam a estarem ali recentemente. A maioria delas tinha sua origem no interior do continente. As suas técnicas de navegação, exploração de sal e pesca eram atividades novas nesse território, alguns grupos tinham o mar como deidade nacional. Posteriormente, essa adoração ao mar se vinculou com os interesses desses povos em relação com europeus.

- A economia litorânea pré-colonial: o papel do peixe e do sal
Desde o início das relações entre os europeus e os povos dessa região costeira têm-se relatos sobre atividades da pesca, do sal e do comércio com o interior africano. A atividade pesqueira era favorecida pela grande quantidade de peixes encontrados nos rios e nos lagos.
O peixe era um artigo importante na atividade comercial local, chegando muitas vezes a ser mais lucrativo para eles do que o tráfico de escravos. O sal também era elemento de destaque no comércio, era produzido nas lagunas e comercializado pelo interior, a grandes distâncias e trocados por escravos. Com a demanda por escravos pelos europeus esse comércio aumentou consideravelmente.

- O papel das lagunas como fornecedoras do comércio atlântico
As lagoas e os rios funcionavam como importantes meios de comunicação, eles operavam como alimentadores ou fornecedores do comércio marítimo. Com o comércio interiorano de sal e peixe eliminavam-se os intermediários no comércio de escravos, provocando a diminuição de seu preço.
Além de escravos a região lacustre fornecia tecidos, marfim e milho para os navios europeus, o que significou no final do século XVIII a elevação de Lagos a principal porto do comércio Atlântico. Até o XIX, quando o tráfico já havia sido oficialmente proibido, a região ainda fazia esse tipo de comércio.

- O papel das canoas e dos canoeiros da Costa do Ouro no comércio europeu
A habilidade com o manejo de canoas na Costa do Ouro resolvia os problemas de navegação próximos a costa. As mercadorias passavam para essas canoas até chegarem ao continente. Eram compradas por europeus ao longo dos séculos XVII e XVIII, variavam de tamanho ao longo do tempo. Apesar de serem utilizadas na Costa dos Escravos eram construídas na Costa do Ouro, onde os povos obtinham um grande conhecimento na construção de acordo com as necessidades de transporte.

- O desenvolvimento do comércio costeiro africano
Além de prestarem serviços no comércio dos europeus na Costa dos Escravos, alguns navegantes da Costa do Ouro comerciavam e competiam com eles. Alguns autores afirmam que tal comércio teria sido desenvolvido antes da presença européia na região, a maioria dos estudiosos, por outro lado, consideram a reprodução do comércio europeu pelos africanos mais válida.
O comércio de tecidos europeus passou a sofrer concorrência de mercadores africanos, os quais comerciavam pelo território e estabeleciam relações diplomáticas com outros grupos.
Essa navegação ao longo da Costa dos Escravos foi “uma combinação de perícia africana originária da Costa do Ouro e adoção seletiva de tecnologia européia” (p21). Para o autor, o comércio nas regiões das Costas do Ouro e dos Escravos foi uma forma híbrida que dependia de navegação marítima e a apropriação de tecnologias pré-existentes.



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