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Subprime
(Helton Monteiro de Goidoy)

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A crise Suprime é uma crise financeira desencadeada em 2006 a partir da quebra de instituições de crédito dos Estados Unidos que concediam empréstimos hipotecários de alto risco, arrastando vários bancos para uma situação de insolvência e repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo mundo.
Essa crise foi revelada ao mundo a partir de Fevereiro de 2007, configurando-se como uma crise financeira global.
Subprimes são créditos bancários de alto risco que incluem desde empréstimos hipotecários até cartões de créditos e alugueis de carros, e eram concedidos nos Estados Unidos a clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito. As taxa de juros erma pós-fixadas, isto é determinadas no momento do pagamento das dívidas.
A partir de 18 julho de 2007 a crise do crédito hipotecário provocou uma crise de confiança geral no sistema financeiro e falta de liquidez bancária (falta de dinheiro disponível para saque imediato pelos correntistas do banco). Mesmo os bancos que não trabalhavam com o chamado “créditos podre” foram atingidos.
A estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas - a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como "Fannie Mae, e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de "Freddie Mac" - que estavam quebradas. Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.
A cascata de falências e quebras de instituições financeiras provocou a maior queda do índice Dow Jones e de bolsas de valores internacionais desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Em 16 de setembro, o Lehman Brothers fechou um acordo para vender partes do banco ao britânico Barclays, segundo o jornal Financial Times.
No mesmo dia, as ações da American International Group Inc. (AIG), a maior empresa seguradora dos Estados Unidos, caíram 60% na abertura do mercado.
Ao longo do dia, o Federal Reserve tentou convencer os bancos J. P. Morgan e Goldman Sachs a conceder um crédito de emergência de US$ 75 bilhões para ajudar a AIG. Enquanto isso, a Moody's e a Standard & Poor's rebaixavam a classificação dos créditos da empresa, em razão das expectativas de novos prejuízos na área de seguros de hipotecas.
Segundo o analista de negócios da BBC, Greg Wood, um possível fracasso na operação para salvar a AIG seria duas vezes pior do que a quebra do Lehman Brothers. No entanto, segundo o New York Times, a AIG conseguiria rapidamente a proteção necessária para evitar a falência.
De fato, em 17 de setembro, o Federal Reserve anunciou um empréstimo de US$ 85 bilhões para a AIG. Em troca, o governo americano passou a deter 79,9% de participação no controle acionário do grupo, e o gerenciamento de seus negócios, estatizando-a ainda que, em teoria, temporariamente. Posteriormente um segundo pacote de ajuda financeira governamental no valor de US$ 37,8 bilhões se fez necessário, e foi aprovado.
No Brasil, cogitou-se que o Banco Itaú viesse a absorver a filial brasileira da Merrill Lynch, e que o Unibanco pudesse vir a aumentar a sua participação na filial brasileira da AIG.
Em 29 de setembro, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos rejeitou o pacote de medidas de ajuda governamental ao setor financeiro, por 228 votos contra e 205 a favor. O pacote previa a liberação de recursos do Tesouro, de até US$ 700 bi, para a compra de títulos podres de crédito hipotecário. O governo ficaria com ações das instituições socorridas. As instituições financeiras seriam taxadas se o governo tivesse perdas por mais de cinco anos após a operação de bailout.
As análises do New York Times e do Financial Times, assim como as do Fundo Monetário Internacional, vão na mesma direção: a administração da crise deve consumir mais uns dois anos.
Posteriormente, foram introduzidas algumas modificações  no pacote de socorro aos bancos, de modo a atenuar seu aspecto de presente a CEOs inescrupulosos. O custo total foi ampliado de US$ 700 bilhões para US$ 850 bilhões, dos quais até US$ 700 bilhões serão usados para comprar títulos podres, conforme o projeto original. Outros US$ 150 bilhões foram acrescentados pelo Senado, na forma de cortes de impostos e incentivos fiscais.
Após uma intensa campanha de pressão, que envolveu o presidente George W. Bush, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve, Ben Bernankeo, além dos candidatos à Presidência dos EUA, Barack Obama (Partido Democrata) e John McCain (Partido Republicano), o Senado dos Estados Unidos aprovou o projeto, em 1º de outubro, por 74 votos a favor e 25 contra. O pacote voltou à Câmara, para ser votado novamente, sendo aprovado e sancionado pelo presidente Bush.



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