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A distância entre nós
(Thrity Umrigar)

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A distância entre nós, livro da autora indiana Thrity Umrigar, narra a história de duas mulheres de castas opostas que convivem há mais de vinte anos. Bhima trabalha como empregada doméstica na casa de Sera. A patroa é parse, uma casta privilegiada que tem além de poder aquisitivo mais alto, cultura ocidentalizada e oportunidades de ascensão social. A empregada mora numa favela de Bombaim, junto com a neta Maya, uma garota de 17 anos, grávida de um rapaz desconhecido. Sera mora com Dinaz, a filha também grávida, e o genro Viraf. O casal veio morar com ela depois que seu marido faleceu. A empregada não pode usar os mesmos talheres e utensílios e nem os assentos da casa. Apesar disso, foi Sera quem possibilitou o acesso à universidade para Maya, além de muitos outros favores. Por causa disso, Bhima não se conforma com o mau passo da neta num país onde os homens ainda tem o hábito de casar-se apenas com moças virgens. Pressionada pela a avó, Maya diz que um amigo da faculdade é o pai da criança. Sera paga o táxi que leva Bhima até a universidade e lá ela é humilhada pelo suposto pai. Ele ofende sua neta e diz que ela inventou essa história Ao ter a confirmação da mentira, ela bate em Maya. Por fim, convence-a a fazer o aborto recomendado por Sera. A patroa leva-a a uma clínica de um médico amigo de Viraf e o aborto é realizado.

Em meio a esses acontecimentos, tanto Bhima quanto Sera relembram o passado e é esse o ponto forte do livro. A vida das duas é uma pequena amostra das contradições vividas pela Índia atual, um país com tecnologia de ponta, mas que ainda não sabe o que fazer com os milhões de pobres e analfabetos, muito menos com as diferenças sociais e religiosas de seu povo. Durante duas décadas as duas acompanham as transformações ocorridas em Bombaim, contudo, nenhuma delas consegue usufruir das melhorias decorrentes dessas transformações. Sera, a que teria as melhores condições para isso, teve seu futuro anulado ao se casar com Feroz, um executivo de uma das empresas do grupo Tata. Saiu da casa dos pais que a tratavam como uma princesa e foi morar com o marido na casa dos sogros. Lá, sofreu humilhações terríveis da sogra. Presa a antigos hábitos religiosos, Banu considera impura toda mulher menstruada. Quando Sera estava nessa condição, tinha de ficar isolada no quarto para não sujar a casa e arruinar as orações da sogra. Feroz, contradizendo a educação que teve, sempre apoiou as decisões da mãe. Um dia, sem ela esperar, Feroz a agride fisicamente e ela não se revolta, o que permite a continuidade das agressões.

Bhima teve um início de casamento mais promissor do que o da patroa. Gopal era um homem romântico e atencioso até o dia que perdeu três dedos de uma das mãos na fábrica onde trabalhava e o contador, aproveitando-se do fato de Bhima ser analfabeta, convenceu-a a assinar um papel isentando a empresa de lhe pagar indenização pelo acidente. Depois disso ele foi demitido e entregou-se à bebida. Revoltada porque ele pegou o dinheiro que era para o remédio do filho doente para gastar com bebida, ela vai até o bar e, na frente de todos, agride-o com uma vassoura, e ele revida. No outro dia ele vai embora levando o filho Amit e deixando-a só com a filha Pooja. Mais tarde a filha se casa e vai morar em Nova Delhi. Anos depois ela recebe um telegrama da filha doente e, com ajuda de Sera vai até o hospital onde o casal está internado. Os dois estão com AIDS, uma doença que ela nem sabia que existia. Os dois morrem e ela retorna trazendo a neta.

Pouco tempo após o aborto, Bhima e Maya encontram-se por acaso com Sera, Dinaz e Viraf. Bhima estranha o comportamento da neta diante de Viraf e também o dele. Sua intuição a faz interrogar Maya e descobre que Viraf é o pai da criança. A neta lhe conta que foi seduzida por ele quando trabalhava na casa de Banu, inválida após um derrame. Depois do ato consumado, Viraf acusou-a e disse para que ela mantivesse a boca fechada porque jamais acreditariam nela. Bhima passa a noite sem dormir, disposta a desmascarar Viraf. Contudo, toda a sua revolta se dissipa quando fica a sós com ele e a única coisa que consegue é gritar: Por quê? Esse foi seu erro maior, reconhece, erro de uma velha ignorante e analfabeta que depois de tantos anos de sofrimento não se deu conta de que é o lado mais fraco e que jamais poderá vencer uma disputa contra um jovem parse, bonito e bem sucedido. Viraf prepara uma armadilha e ela acaba sendo despedida por Sera que, obviamente, fica do lado do genro. Bhima deixa a casa com seus poucos pertences e vaga pelas ruas de Bombaim, sentindo ao mesmo tempo a sensação de liberdade e de medo diante do futuro.



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