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Tempos MODERNOS
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O filme de Charles Chaplin é o retrato da sociedade capitalista que começava a se desenhar na Europa a partir do século XVIII, mais precisamente após a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra. A busca desenfreada pelo lucro é criticada de forma irônica por um dos maiores gênios que o cinema conheceu ao longo da história. Uma passagem significativa que aponta essa característica de produção é o momento em que o personagem trabalha de forma contínua e ininterrupta diante de uma esteira, tornando-se uma parte integrante da máquina, tanto que, ao encerrar o turno, continua com a mente voltada para os movimentos do trabalho. O cinema confirma-se então como uma nova manifestação artística, a “sétima arte”, e seu surgimento está estritamente ligado à evolução da fotografia. No princípio, o maior desafio do homem era transformar em imagens palpáveis aquilo que os olhos testemunhavam, e a partir daí “aprisionar o fantasma do movimento”, como fizeram os precursores irmãos Lumière. De volta a Chaplin, a história do cinema seria incompleta sem sua existência, sem a magia de fazer rir e chorar apenas com a expressão corporal e a fisionomia de um humilde cidadão.

A partir da intensificação da produção industrial a arte vai passar por uma mudança de conceito. As reproduções em série elevou o conceito artístico em relação à originalidade, e as artes passaram a ser cultuadas nos museus. Por outro lado, os objetos reproduzidos e que não eram tidos como obras de arte, permitiram que o povo estreitasse a relação com o artista. A reprodução industrial em série possibilidade que o cidadão comum decore a parede de sua sala com trabalhos de artistas de sua prefêrencia, mesmo porque a maioria dos originais pertence a acervos de museus e universidades, e têm uma valorização muito distante do poderio financeiro do grande público.

Ao traçar um paralelo entre o cinema e a reprodução da arte em série, compete apontar que o primeiro é a maior manifestação dessa nova característica industrial, que incorpora a tecnologia para atingir um grande público. A evolução tem que continuar sempre, mas os artistas que conquistaram esse espaço jamais deixarão de ser enaltecidos. Não somente os pintores e escultores renascentistas e outras tendências, mas também o ilustre Charles Chaplin com seu célebre personagem “Carlitos”, um dos maiores artistas que o mundo contemporâneo teve o privilégio de conhecer.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
[email protected]



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