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Iracema
(José de Alencar)

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O enredo de Iracema é um romance que se passa no Ceará (nordeste do Brasil), envolve duas tribos inimigas, confrontos, guerras, sonhos proibidos, dor, paixão, tragédias....
Iracema era a “virgem dos lábios de mel”, tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. Corria o sertão e as matas, onde campeava sua tribo guerreira, da nação Tabajara.
Passeava na mata quando se deparou diante de um guerreiro estranho. Ele era branco, atacou-o, mas logo o socorreu, percebendo que o magoara, encaminhou-o até a cabana de Araquém, seu pai e pajé Tabajara, onde fostes muito bem recebido.
Existia outra nação indígena na região chamada Pitiguara, inimiga da tribo de Iracema há muitos séculos. Poti era o mais bravo guerreiro dos Pitiguaras assim como Irapuã era o mais bravo guerreiro dos Tabajaras. As tribos viviam em constantes conflitos motivados pela posse de terras e status tanto para a nação quanto para o guerreiro da mesma.
Poti era muito fiel a Martin, o guerreiro branco, chamava-o de “irmão de meus irmãos”, mesmo não havendo laços de sangue entre eles.
Martin era cristão e civilizado. Amou Iracema desde a primeira vez que a vira, e era correspondido, mas a virgem sabia que lhe era proibida e muitas vezes o avisara disso. Apesar disso, o estrangeiro conseguira lhe beber o mel levando-a embora consigo. Irapuã também amava a jovem índia. Travou-se então uma longa perseguirão aos pitiguaras.
Martin, agora seu esposo, soube que seu sangue vivia no seio de Iracema.
Inevitavelmente a batalha se deu. A virgem dos lábios de mel vira o sangue de seus irmãos cobrir a terra, fora derramado por sua causa. Sozinha ela chorou e pediu perdão.
Construíram juntos uma cabana às margens da praia. Por duas vezes o guerreiro branco saíra com os Pitiguaras para guerrear, só voltando após dias; a jovem temia que não mais pudesse voltar.
Passava o tempo e percebia que não fazia mais o marido feliz, que ele ficava sentado em frente o mar a pensar com os olhos distantes, bem além das águas, que já em seu olhar não existia o brilho do amor, quando a avistava baixava a cabeça, desviava o olhar. Talvez fosse saudade de sua terra, de sua família, de uma noiva que deixara por lá...
Iracema agora estava no fim de sua gestação, foi quando, pela segunda vez, Martin partiu. Dera a luz a um menino, chamou-o Moacir, o filho da dor, da dor e culpa por ter traído seus irmão e os visto morrer. Era duas vezes o filho de sua dor e sofrimento, pois precisava amamentá-lo, mas fraca e sem ânimo não se alimentava mais dando toda sua energia para produzir o alimento do menino. Quando Martin regressou, sentiu que algo estava acontecendo, o cão latia alegre mas a Jandaia cantava triste. Correu até a cabana e viu Iracema na rede, ela lhe estendeu o menino disse que havia se demorado muito, pois já não podia alimentar o bebê. Em seguida deitou a cabeça, falecendo. Martin ainda conseguia ver no corpo de Iracema a beleza e juventude, seus lábios ainda eram de mel.
Enterrou a esposa ao pé do coqueiro onde cantava a Jandaia e partiu com o pequeno filho, prometera a Poti que voltaria. O coqueiro floresceu quatro vezes depois que Martin se fora das praias do Ceará.
Regressou. Assim que sentira o calor da areia branca em seus pés, inúmeras recordações da jovem esposa lhe vieram à mente e a saudade ao coração. Às vezes, um choro abundantemente lhe cobria o rosto sobre o túmulo da amada, lembrando do quanto fora feliz ali.
A Jandaia ainda cantava triste, mas já não repetia o nome de Iracema. 
 



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