Não há acasos
(Robert H. Hopcke)
Neste livro inspirador, Robert H. Hopcke, um psicoterapeuta, explora o papel da sincronicidade na vida amorosa e no trabalho, na vida acordada e nos sonhos, na vida de todos os dias e na vida espiritual. Através de entrvistas com pessoas cujas vidas se transformaram por obra e graça de um encontro acidental e inesperado, mostra-nos como podemos usar as experiências sincroísticas para viver com mais sentido, olhando para as nossas vidas como narrativas coerentes e vendo nessas coincidências os momentos de viragem do enredo.Dos quatro aspectos da sincronicidade, o facto de que as coincidências ocorrem sempre em momentos de transição, é aquele que mais informa o relato das nossas vidas no seu todo. O facto de que o nascimento e a morte enquadram de modo significativo a hist´ria das nossas vidas, parece à primeira vista demasiado óbvia para que seja referido sequer, a não ser talvez, à luz daquilo que indicamos a respeito da sincronicidade até ao presente momento que as transições em sentido literal que cada um de nós vive ao entrar e ao retirar-se da existência, adquirem um significado simbólico muito importante para a raça humana.Teólogos e estudiosos da religião não só colocam de modo justificável, o ciclo arquetípico do nascimento, da morte e do renascimento no centro de todos os rituais religiosos através dos tempos e das culturas, como ainda conforme verificámos nas histórias de cada uma das transições por que passamos por inúmeras pequenas mortes e um sem-número de nascimentos repetidos.Ao lidarmos com a nossa própria transição para dentro e para fora da vida, com o nosso nascimento e com a nossa morte em sentido literal, apercebemo-nos de que acontecimentos sincronísticos intervêm com frequência para sublinhar o aspecto profundamente simbólico de tais transições que tantas vezes descuramos.
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