A vida é breve
(Jostein Gaarder)
"Conhecia bem a biografia de Agostinho. Nenhuma outra figura mostra com tanta clareza a profunda mudança cultural que teve lugar na transição da antiga cultura greco-romana para a cultura cristã ... As suas confições, escritas por volta do ano 400, proporcionam uma visão única do agitado século IV ... Agostinho é talvez o indíviduo anterior à renascença que mais perto de nós está."Atraído por esta figura da igreja, Jostein Gaarder ficciona a carta da mulher com quem o santo viveu, antes de escolher afastar-se do amor humano para conquistar o amor divino. Gaarder dá-lhe voz e paixão e empresta-lhe as suas reflexões, plenas de referências aos autores clássicos. Flória, ex-amante e a mãe do filho natural de ambos, escolhe voluntáriamente não se fazer baptizar, embora nada tenha contra o Nazareno. Culta, inteligente, ela critica Agostinho com veemência e destemor, ora com ironia ora com desespero, por ele considerar desprezível aos olhos do criador, as alegrias do amor fisico ... afinal, uma criação sua, como tudo o que é belo e no efémero, breve como a vida.Trata-se de uma carta autêntica, escrita por aquela que foi a amante de Agostinho durante muitos anos, e não parece possivel que tenha sido falsificada nos finais do século XVI. É mais natural aceitar que o original provem da época de Santo Agostinho. Tanto a sintaxe como o vocabulário usados no documento apresentam a marca inconfundivel da antiguidade; o mesmo acontece com a mistura de sensualidade e reflexão religiosa quase desesperada que flória deixa transparecer.
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