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Avant Garde
(Poeta Caminha)

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Tudo começou realmente com o modernismo. Modernismo é o termo utilizado para denominar, conceituar a total reviravolta ou transformação na vida sócio-cultural das pessoas. Toda essa mudança, a repentina industrialização e a explosão tecnológica trouxeram aos olhos da sociedade, mares nunca dantes navegados. O modernismo em si, é uma estética nova, moderna, que veio para romper o tradicional e aplicar o diferente.

A nova estética realmente apareceu entre fins do século XIX e meados do século XX com as chamadas Vanguardas Europeias. Essas vanguardas traziam novos e diferentes movimentos que surgiram do modelo modernista de fazer a arte, tais como: surrealismo, dadaísmo, futurismo e cubismo.

Aqui no Brasil não aconteceu muito diferente. O melhor exemplo a ser dado é a Semana de Arte Moderna - um festival cultural e artístico que aconteceu em mil novecentos e vinte e dois na cidade de São Paulo, no qual houve recitais de poemas e exposições de pinturas e esculturas de diversos artistas, dentre eles, Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Manuel Bandeira. Esses e muitos outros artistas formaram a Vanguarda Brasileira, também chamada de "Vanguarda Tupiniquim".

A Vanguarda Tupinquim trouxe consigo diversas características do modernismo europeu, principalmente a do pensamento de que a tradição deveria ser mandada pra escanteio e optarmos por abrir alas para o inovador. A ideia era exatamente esta: deglutir a cultura tradicional, digeri-la juntamente com os novos valores de arte e vomitar a mais rica arte que poderia existir.

Nesta época, a arte, a política, a economia e a sociedade em geral, estavam alterando-se mutuamente. No Brasil, o Movimento Tenentista entra em vigor em mil novecentos e vinte e dois, mesmo ano da Semana de Arte Moderna e da criação do Partido Comunista.

Dentro da estética modernista, iam surgindo diversos movimentos derivados da Vanguarda Tupiniquim como o Primitivismo, lançado por Oswald de Andrade com o movimento Pau Brasil. O Primitivismo destacava a visão real, o que é concreto e a singularidade das coisas, retirando tudo o que é supérfluo; o Nacionalismo Ufanista lançado por Menotti del Picchia e outros a partir do movimento verde-amarelo. O Nacionalismo Ufanista negava o primitivismo e as vanguardas europeias, destacando o nacionalismo e o patriotismo exacerbado; o Desvairismo, que foi lançado por Mario de Andrade. O Desvairismo destaca o lirismo e o jeito solto de "poetizar", sem preocupação com a gramática ou mesmo com a métrica, aproximando o poema da melodia; o Universalismo e Espiritualismo, lançado por manifesto assinado por Tasso da Silveira. O Universalismo destaca essencialmente a velocidade, a brasilidade e a universalidade.

Apesar de conhecermos aqueles jovens de 1922 como lendas da literatura e da arte, no começo, a "nova" arte não foi bem aceita pelas camadas da população, ao contrário, na Semana de vinte e dois os artistas foram vaiados pela plateia que já havia se acostumado com o romantismo, com o parnasianismo e até mesmo com o simbolismo. Aquele novo estilo significava mudança. Significava demonstrar os pensamentos e sentimentos de forma individualizada, original. Significava pintar o escuro de rosa e o nariz de azul. Significava expressar o olhar de cada um. Pois a beleza não se colocava mais na mesa e a arte não precisava mais ser narcisista. Todos os dias olhamos para o espelho e chegamos à conclusão que não é feio ser bonito. Mas essa não era questão a se pensar naquele momento de mudança. Para que uma arte nova se consagrasse em meio à tradição, a persuasão deveria ter seu foco. E o foco dos vanguardistas foi exatamente propor uma nova questão em meio a todo aquele alvoroço: Se não é feio ser bonito, será que é bonito ser feio?



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