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A Vegetação e a Fauna da Terra - Parte I
(Carla Tavares)

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A vegetação depende principalmente do clima e do solo. O planeta pode ser dividido em regiões povoadas por diferentes formações de vegetais que correspondem basicamente ás zonas de temperaturas e precipitações que concordam com certas faixas de latitude.
Quando nos deslocamos para os pólos a partir do equador, a principal sequência de formação tem tendência a ser: selva tropical, zona herbácea tropical, deserto tórrido, bosque temperado de folha caduca, zona herbácea temperada, bosque de coníferas e deserto frio ou tundra.
Em todo o globo, as regiões de vegetação tendem a possuir confins irregulares que reflectem variações climáticas locais. Como as mudanças climáticas não são bruscas, as divisões entre as principais regiões de vegetação costumam ser confusas. Certas zonas intermédias apresentam características de vegetação próprias.
Os bosques ocupam quase um terço da área terrestre do planeta. As árvores são as plantas dominantes, e o calor e a humidade são suficientes para o seu crescimento. Mesmo assim, desenvolveram-se diferentes formações de bosques, dando-se destaque á selva tropical, ao bosque temperado de folha caduca e ao bosque temperado de coníferas. O número de espécies de árvores de qualquer bosque tende a diminuir com a latitude.
A selva tropical possui o maior número de tipos e o mínimo de pés de qualquer espécie. A taiga tem o menor número de tipos e o máximo número de pés de cada espécie. A enorme riqueza das espécies dos bosques equatoriais é devida aos seus ecossistemas que foram mantidos estáveis durante milhões de anos.
Nestas regiões não existiram épocas glaciares.
As selvas tropicais florescem nas quentes e chuvosas regiões equatoriais. O seu carácter específico está localizado na desesperada luta por obter energia do Sol. As plantas aferram-se e sobrepõem-se umas ás outras para alcançarem a luz. Nestas selvas, as árvores de folha larga e perene, muitas delas com 45m, formam um tecto ininterrupto de folhagem. Debaixo do tecto há uma segunda camada de vegetação que abrange principalmente o eleodendro arbóreo e os emaranhados caules de lianas, suportados pelas árvores. Os ramos das árvores facilitam também a ancoragem para os eleodendros, orquídeas e outras plantas epífitas.
Bebaixo desta segunda camada vegetal, o solo da selva, com muito pouca iluminação, é o suporte dos eleodendros e numerosos tipos de fungos, plantas que não precisam da luz solar. Esse solo é inóspito e pobre. A camada de húmus é muito fina e destrói-se rapidamente quando desaparece a cobertura do bosque .Debaixo do húmus, há solos pouco férteis que se transformam facilmente em laterite, argila ferruginosa vermelha.
Nas selvas tropicais não existem estações do ano e é necessário que as diferentes plantas floresçam e frutifiquem simultaneamente. Grandes áreas de bosque tropicais mantêm-se ainda inalterados pelo homem, havendo em alguns sítios cortes sistemáticos para a obtenção de madeira.
Quando as condições de humidade são diferentes, aparecem outros tipos de selva tropical. Os mangais bordejam as costas baixas e pantanosas nos trópicos. São principalmente árvores baixas e de folhas flexíveis, com raízes parcialmente aéreas adaptadas para “respirar” o ar inacessível do lodo. Estas árvores florescem em condições de maresia salina, inadequada para a maioria de outras espécies.
As selvas tropicais de monções estão adaptadas para a alternância das estações secas e chuvosas. Na estação das chuvas, são muito semelhantes ás outras selvas tropicais, mas uma maioria das árvores são de folha caduca, e impedem a perda da humidade através da transpiração, trocando as folhas ao terminar a época das chuvas.Entre as árvores está a teca, bem como certas acácias e eucaliptos. Pequenas árvores e bambus crescem no solo desta selva, que cobre zonas compreendidas entre as selvas perenemente húmidas e as savanas herbáceas, geralmente mais secas. O bosque de espinheiros permanece nas zonas em que a seca dura cerca de oito meses. Grande parte da sua miscelânea de arbustos, cactos, acácia e eufórbias permanece sem folhas durante a maior parte do ano. Esta zona de vegetação representa uma área de transição entre a selva de monção e a savana.
O bosque é a vegetação natural da maior parte das zonas temperadas da Terra. O bosque temperado precisa de precipitações abundantes, temperaturas moderadas e uma diferenciação marcada entre o Verão e o Inverno. Conforme a combinação destes três factores, os bosques apresentam uma estrutura diferente e são constituídos por diferentes espécies. Os bosques do tipo mediterrânico são compostos por árvores como o pinheiro de Alepo, o cipreste de Monterrey, as azinheiras e os matagais e ervas aromáticas, todos eles adaptados para resistir á seca invernal, principalmente através das folhas pequenas e coriáceas e bulbos que retêm a água. Estes bosques prosperam noutras épocas ao redor do Mediterrâneo e na Califórnia, Chile central, República da África do Sul e Sudoeste da Austrália.
No Mediterrâneo, os bosques foram substituídos na sua maior parte, por zonas de cultivo e pastoreio excessivo, o que limitou a regeneração aos matagais aromáticos e com frequência espinhosos, chamados “maquis” na França e chaparrais na Califórnia.
A fauna típica deste bosque, esquilos e cervos, praticamente desapareceu.



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