Por volta dos anos 60, surgia a linguística textual como um novo segmento e objeto de análise dos estudiosos da linguística. A partir desse ramo linguístico, ocorre a preocupação na descrição das formas e mecanismos que ligavam uma frase à outra, ou análise transfrástica, onde o texto para a ser tomado como a unidade básica de estudo e investigação, e não mais a frase e a palavra.
Entre as motivações que acabaram conduzindo os estudos linguísticos ao incremento de uma inédita gramática textual, estão as evidências de falhas presentes em alguns fenômenos sintático-semânticos, não explicados pelas teorias de frase e só percebidos em textos, e que até aquele instante, portanto, não encontrava respostas dentro da gramática frásica.
Os empenhos dos teóricos referentes aos estudos sobre o texto, percorreram e abrangeram, de maneira simultânea e tipológica, três décadas e apresentaram diversas vertentes, assim como muitos representantes.
A princípio, o interesse era voltado à investigações das regularidades que iriam além dos limites do enunciado, através de estudos das diversas maneiras que as frases poderiam estabelecer entre sí, fazendo uma oposição aos métodos considerados pela Linguística Estrutural.
A implementação da construção de gramáticas textuais, onde o texto era visto como um produto acabado com falantes idealizados possuindo habilidades e competências textuais para a produção de textos, assinalou o segundo momento do percurso da lingúitica textual.
Por último, na elaboração de teorias para o texto, o mesmo passa a ser entendido como um processo e estudado dentro do seu contexto de produção, e não mais como algo estático e imutável, mas uma atividade verbal e interacional, resultante de interações comunicativas.
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