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Entre os Muros da Escola
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O filme apresenta o dia-a-dia em uma escola pública francesa, precisamente nas aulas de Francês de uma turma do oitavo ano, e apresenta dois conflitos básicos que giram em torno do professor que ministra a tal disciplina: o conflito entre ele e os alunos e o conflito entre ele e os demais professores. Durante as aulas de francês – onde a maior parte do filme se desenvolve – percebe-se uma notável dificuldade de conduzir os debates por parte do Prof. Marin, que, apesar de se mostrar muito interessado e engajado em despertar uma consciência crítica em seus alunos, por vezes é um tanto agressivo. Os diálogos se desenvolvem muitas vezes como se houvesse uma trincheira entre alunos e professor; a aula não abraça as diversas etnias que compõe a turma e Marin não consegue demonstrar a importância e aplicação dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula. Os alunos não se apropriam da cultura escolar porque ela lhes é estranha; dessa forma, reagem a ela com certa hostilidade. Já nos momentos onde os professores discutem entre si questões de disciplina, principalmente, configura-se outro conflito. Marin não acredita que o sistema punitivo que a escola prega funcione, batendo de frente com as crenças de todos os outros professores e diretor. Ele defende que essa rigidez só prejudica as aulas, pois apenas acentua um estado de tensão entre alunos e professores. Em vez disso, ele propõe uma abertura maior para diálogo, que concederia um espaço de manobra maior para conduzir os problemas; por exemplo, sugerindo que as medidas disciplinares sejam aplicadas não de uma forma igualitária, mas adequadas a cada caso, o que é visto pelos outros professores como arbitrariedade. O filme consegue retratar muito bem o universo escolar, e o faz sem parcialidade: responsabiliza professores, pais e alunos pelos problemas envolvendo a educação. Não há vítimas, há agentes que podem colaborar para melhorar a situação e solucionar seus próprios problemas. Acredito que o único vilão da história seja a estrutura institucional da escola, retrógrada, que prega a penalização do aluno ao invés de sua valorização. Essa filosofia de ensino ao invés de auxiliar o processo de emancipação do aluno acaba por reprimi-lo e consolidar a ideia de que, devido à sua classe social e identidade cultural serem desprestigiadas, o ambiente escolar é um ambiente estranho e ameaçador a eles.



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