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Pedagogia da Autonomia
(Paulo Freire)

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O livro está dividido em três capítulos. Cada um contendo nove sub-pontos que tratam de exigências do ensino.
O primeiro capítulo intitula-se Não há docência sem discência. Aqui se reitera a antiga proposição de que ensinar não consiste na transferência de conhecimento. Mas, na criação de possibilidades de construção e produção do mesmo. Logo, cai por terra a relação sujeito/objeto entre professor e aluno. Ou seja, nesta relação pedagógica o aluno não deve ser objeto a ser formado. Pois a autêntica prática educativa requer atitude ativa tanto do educando quanto do educador. Portanto, não pode haver passividade por parte daquele que deseja formação permanente. Ambos são sujeitos do processo formador pedagógico.
Assim exige-se rigorosidade metódica. Ao educador cabe estimular a consciência crítica no educando ensinando-o a pensar corretamente. Isso se torna possível apenas através do rigor metódico. A pesquisa é uma outra exigência do ensino. Pois, o processo educativo inexiste sem pesquisa, e vice-versa.O professor deve ser um pesquisador dotado da “curiosidade epistemológica”. O respeito aos saberes dos educandos consiste uma outra exigência. Deve-se levar em consideração a experiência dos alunos. E estabelecer relação íntima entre os saberes curriculares e o back ground social destes . A curiosidade é aquela “... inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento,...”. Urge também que o ensino obedeça a uma minuciosa formação ética e estética . Sem ela é impossível que haja autêntica prática docente. É a decência e a beleza andando de mãos dadas na educação.A corporificarão da palavra em exemplo . Ou seja, é a solidificação do discurso educativo através de exemplos adequados. Neste ponto evoca-se a coerência entre a palavra (falar) e a prática (viver). Risco, aceitação do novo, e atitude não-descriminatória são qualidades necessárias ao ensino. Sem elas é impossível desincumbir-se coerentemente da tarefa de educador. A reflexão crítica sobre a prática é indispensável ao processo educativo. Este saber requer do educador o voltar-se sobre si mesmo com o fim de refletir criticamente quanto a sua prática pedagógica. A "prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer”. É por intermédio desta reflexão crítica que se melhora a prática educativa. Por fim, o reconhecimento e assunção da identidade cultural . O professor tem como responsabilidade propiciar o ambiente onde os alunos venha a assumir-se a si mesmos. É a assunção do sujeito que reconhece-se ser pensante, social, histórico, comunicador, transformador, criador e realizador de sonhos.
O segundo capítulo denomina-se Ensinar não é transmitir conhecimento. O exercício do ensino pede uma atitude de abertura por parte do educando. Abertura as indagações, curiosidades e inibições dos seus alunos. Pois ensinar consiste em criar possibilidades para a produção e construção do conhecimento. Portanto, o ensino reclama a consciência do inacabado. O professor na sua prática pedagógica deve ter compreensão do inacabamento, da inconclusão do ser humano. Por outro lado, o ensino exige reconhecimento do ser condicionado . Aqui o educador deve encarar a si mesmo e aos educandos como ser condicionado. Portanto ambos são educáveis. Uma terceira exigência consiste no respeito à autonomia do educando . Tal respeito é um imperativo ético. A prática educativa requer bom senso . Este habilita o educador a fazer constante avaliação de sua prática de ensino. O processo de ensino-aprendizagem requer humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educandos . A educação exige apreensão da realidade . Só assim torna-se possível recriá a realidade apreendida.Tal capacidade de apreensão nos faz distintos dos animais. O ensino também exige esperança e alegria . Uma outra necessidade educativa é a convicção de que a mudança é possível . Sem esta convicção é impossível ser sujeito da história. É ela que nos da consciência de que “o mundo não é. O mundo está sendo”, e que “mudar é difícil, mas é possível”.
O terceiro capítulo é intitulado Ensinar é uma especificidade humana . A primeira exigência deste capítulo é a segurança, competência profissional e a generosidade . A segurança nasce da competência profissional; e a ausência desta põe em xeque a autoridade do educando. O ensino exige comprometimento . O professor em sua prática de ensino deve evitar a neutralidade. Pois a vida nada tem de neutra. Os educandos devem ser formados para o engajamento. A terceira exigência da educação de perspectiva progressista é a compreensão de que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Tal intervenção se dá através do esforço de reprodução e desmascaramento da ideologia dominante. O ensino pede também por liberdade e autoridade . O docente aqui deve lidar com a tensão existente entre estas duas dimensões do ensino; precisa acautelar-se dos extremismos. Jamais em nome da liberdade inclinar-se para a licenciosidade; nem em nome da autoridade pender para o autoritarismo. O ensino requer a tomada consciente de decisões . Na docência o professor deve ver os educandos como “ser de opção”, ser de decisão. O ensino exige o saber escutar . Este escutar é a abertura a fala do outro, ao gesto do outro e às diferenças do outro. A docência requer do educador a percerção do poder da ideologia. Tal poder obscurece os fatos quanto à realidade; gera miopia e surdez naqueles que submetem-se passivamente ao seu poder. O ensino requer disponibilidade para o diálogo . Sem esta disponibilidade a prática educativa é inviabilizada. Por fim ensinar exige querer bem aos educandos . Isto quer dizer que é falsa a separação entre seriedade docente e afetividade.



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