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O Macaco e a Água-Viva
(Fábulas Japonesas)

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O deus do mar reuniu seus súditos e lhes pediu que fizessem o máximo para encontrarem um remédio que curasse a doença da sua filha. Mas, como não conheciam nenhum medicamento para o mal da princesa, todos se calaram.
O silêncio foi quebrado pelo polvo dizendo que se lembrava de uma conversa, entre os humanos, que ouvira certa vez. Ouviu deles que o fígado de macaco era um santo remédio porque curava todas as doenças.
Pediram, então, a ele, que subisse à superfície e arranjasse um macaco, possuindo oito pernas, seria o mais apto. O polvo, sabendo da dificuldade da tarefa, indicou a água-viva, alegando que, pernas por pernas, ela tinha muitas mais. A água-viva sentiu-se honrada e aceitou a missão.
Como ela não conhecia um macaco, descreveram-lhe como um animal de cara e traseiro vermelhos, inteligente e que vivia em árvores. Disseram ainda, que os macacos gostavam de comer de tudo, principalmente castanhas e frutas frescas. Ela deveria convencer um deles a conhecer o castelo do fundo do mar sem, no entanto, contar-lhe a verdadeira razão do convite. Após as orientações ela partiu para a superfície.
Tão logo chegou a seu destino, ela avistou um macaco que descansava numa árvore. Ela se aproximou e o chamou. Ele olhou para baixo e, admirado, pois era a primeira vez que via uma criatura como aquela, perguntou a que reino ela pertencia. Ela respondeu que vivia em um lugar cheio de árvores frutíferas, inclusive pés de caquis e de castanhas.
Percebendo que o macaco se interessara, a água-viva o convidou para visitar o reino do fundo do mar. Ele recusou alegando não saber nadar. Ela o convenceu dizendo que o levaria nas costas. Ele então desceu da árvore e os dois se dirigiram para o alto mar.
A água-viva nadava vagarosamente devido ao peso do macaco. Na metade do caminho, ele reclamou da demora, queria chegar logo à terra das frutas e castanhas. Ela, então, passou a falar sem parar, para distraí-lo.
Notando que o macaco gostava de elogios, disse que ele e seus semelhantes eram considerados preciosos no seu reino. O macaco, curioso, quis saber a razão de serem tão apreciados pelos seres do mar. “Isso não posso contar –disse ela- É segredo.” Ele falou que tinha aceitado o seu convite porque confiava nela, e que ela também devia confiar nele. Ela finalmente disse que os macacos tinham a fama de curar doenças.
O macaco, desconfiado e preocupado, perguntou como ele seria capaz de curar doenças, ela disse que era algo que ele possuía, o seu fígado, e que a filha do deus do mar estava muito doente e necessitava de um.
O macaco se lamentou dizendo que, não tendo sabido anteriormente, nada podia fazer para curar a princesa, já que ele tinha deixado seu fígado no galho da árvore em que morava. Ele, então, propôs que voltassem para buscá-lo. A água-viva deu meia volta e nadou em direção à terra.
Ao chegarem o macaco correu para a árvore, subiu e deitou-se no galho. A água-viva, percebendo que o macaco demorava, o chamou para retomar a viagem. Ele se recusou dizendo que iria avisar todos os macacos para não caírem na sua conversa. Ela voltou só ao fundo do mar.
Chegando lá, contou aos seus companheiros que convencera um macaco a conhecer o reino. Mas, no meio do caminho, como dera com a língua nos dentes, ele a fez voltar à ilha e a ludibriara.
Como castigo, levou uma surra daquelas e teve os seus ossos quebrados. É por isso que as águas-vivas são como são até hoje: molengas.



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