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Resenha CRÍTICA - PRECONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS PARA O APARECIMENTO DA P
(Figueiredo; Santi)

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A leitura deste capítulo de Figueiredo ressalta as precondições socioculturais para o aparecimento da psicologia como ciência no século XIX, sendo que uma dessas precondições é a subjetividade privatizada, a necessidade que todos temos de que as demais pessoas não tenham acesso às nossas experiências, e esta se demonstra relacionada ao desejo de liberdade e responsabilidade de nossas tomadas de decisão.
A história nos mostra que através dos tempos o homem vem passando por períodos de crises que serviram como alavanca impulsionadora para o seu desenvolvimento. Em meio a tantas mudanças nos cenários políticos sociais e culturais, o homem se viu em uma dinâmica de introspecção, o que o fez buscar e criar novas formas de pensamento e possíveis alternativas que iriam auxiliá-lo neste novo contexto social.
No final do século XVIII, com a chegada do capitalismo, o homem torna-se destituído do grupo que habitava, ingressa neste novo sistema de produção, passa a ter contato com uma pequena parte do todo, e é valorizado como força de trabalho em um mundo gigantesco de possibilidades que o rodeiam. O indivíduo que ansiava pela busca da individualidade, a qual oferecia possibilidades de reconhecimento, constatou que a mesma não poderia ser vivenciada de fato ao mesmo tempo em que se vê obrigado a exercitar sua capacidade de experienciar suas potencialidades internas na adequação do que lhe for proposto para sua existência.
Desta forma, o homem é obrigado a recorrer a experiências de uma solidão antes tão temida e ao mesmo tempo ansiada, para assim poder ter consciência de sua individualidade e possibilidade de compartilhar experiências.
Aquele indivíduo outrora possuidor de pensamentos utópicos onde poderia ser livre para pensar e agir sobre sua vontade, percebe que esta é fundada em uma crise que lhe remete ao pensamento de que antes era muito bom viver em um espaço onde todos se preocupavam uns com os outros de certa forma mais ou menos intencionalmente, era boa a sua própria existência, na interação e convivência com o outro.
Esta nova experiência individual trás implícita uma maneira mais individualista de comportamento social, sendo que esta suspeita de que a liberdade e a singularidade sejam ilusórias, nos remete ao principal objetivo da psicologia como ciência, em seu auxílio às outras disciplinas.
Existe na contemporaneidade uma força propulsora para as experiências propriamente individuais, levando-se em conta que cada vez mais nós podemos desenvolver tudo sozinhos, como ler, trabalhar, a nossa própria conexão com o mundo.
Ao mesmo tempo em que foi necessário que o homem se distanciasse do outro para chegar à sua individualidade como um exercício de suas capacidades internas, precisou do outro para se constituir em sua subjetividade, ou seja, acredito que esta maneira de ser e vivenciar o mundo não pode se fazer sozinha, os indivíduos precisam do outro para se constituir e consequentemente se fazer na sociedade, pois de maneira contrária, a falta total desta relação com o outro pode trazer sofrimento para o indivíduo e a sociedade como um todo.
Com isso, a Psicologia como ciência vem ao encontro destas novas características da sociedade, atuando preventivamente diante do possível sofrimento do homem diante das freqüentes mudanças socioculturais.
FIGUEIREDO, L. C. Capítulo: Precondições socioculturais para o aparecimento da psicologia como ciência no século XIX. Psicologia, uma (nova) introdução: uma visão da psicologia como ciência. São Paulo: EDUC, 1999, p. 18-52.



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