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O que é Indústria Cultural
(Teixeira Coelho)

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? Indústria Cultural/ Cultura Industrial
A Indústria Cultural é um daqueles objetos de estudo que se dão a conhecer para as ciências humanas, antes por suas qualidades indicativas do que por sua constituição interior, estrutural. Um desses traços indicativos é exatamente o da ética posta em prática por essa indústria.
? Industria Cultural, meios de comunicação de massa e cultura de massa.
A Indústria Cultural só iria aparecer com os primeiros jornais. E a cultura de massa, para existir, além deles exigiu a presença, neles, de produtos como o romance de folhetim.
A Indústria Cultural, os meios de comunicação de massa e a cultura de massa surgem como funções do fenômeno da industrialização.
Esse é o quadro caracterizador da Indústria cultural: revolução industrial, capitalismo liberal, economia de mercado, sociedade de consumo. E esse, o momento histórico do aparecimento de uma cultura de massa.
? Cultura superior, cultura média e cultura de massa
Sociedades de consumo, alienação e reificação, produtos culturais impregnados de uma cultura simplificada: estas ainda não são, no entanto, características suficientes para a descrição da indústria cultural.
Dwight Mcdonald fala na existência de três formas de manifestação cultural: superior, média e de massa (subtendendo-se por cultura de massa uma cultura ''inferior'' – A cultura média é designada também pela explosão midcult, que remete ao universo dos valores pequeno-burgueses; e a cultura de massa é chamada de masscult. O que abrange o rótulo cultura superior são todos os produtos canonizados pela crítica erudita – como as pinturas do renascimento e as composições de Bethoven. Os produtos da midcult são: Os Mozarts executados em ritmo de discoteca, pinturas de queimadas na selva, romances de Zé Mauro de Vasconcelos.
A dificuldade na distinção entre essas formas culturais continua quando se pretende estabelecer uma relação entre elas e as classes sociais.
A midcult surge como subproduto da indústria cultural. Nesse processo, ela se diferencia da masscult: a) por tomar emprestado procedimentos da cultura superior, desbastando-os, facilitando-os; b) por usar esses procedimentos quando eles já foram consumidos; c) por vendê-los como cultura superior.
? Cultura Popular e Cultura Pop
A oposição entre cultura superior e de massa é considerado imprescindível para a caracterização da indústria cultural. A cultura popular é uma das fontes de uma cultura nacional, a cultura de massa é chamada cultura pop. Ainda hoje uma parte considerável da sociedade comporta-se perante os produtos da cultura pop do mesmo jeito como a sociedade de algumas décadas atrás de portou diante, exatamente, da arte pop. É possível pensar numa aliança entre a própria cultura popular e os veículos da cultura pop, que são os da indústria cultural.
? Funções da cultura de massa; a cultura industrializada
Partindo do pressuposto de que a cultura de massa aliena, a indústria cultural estaria mascarando realidades intoleráveis e fornecendo ocasiões de fuga da realidade.
A industria cultural fabrica produtos cuja finalidade é a de serem trocados por moeda, promove a deturpação e a degradação do gosto popular.
Não se sabe bem o que é massa. Ora é o povo, excluindo-se a classe dominante. Ora são todos. Ou é uma entidade digna de exaltação, a qual todos querem pertencer.
? Alienação e revelação na Industria cultural
Há quem defende a ideia segundo a qual a indústria cultural é o primeiro processo democratizador da cultura, ao colocá-la ao alcance da massa.
Os produtos da industria cultural serão bons ou maus, alienantes ou reveladores, conforme a mensagem eventualmente por eles veiculada.
Não há porque condenar a Indústria Cultural sob a alegação de que ela é uma prática de entretenimento, da diversão, do prazer. O prazer é, sempre, uma forma do saber.
A industria cultural tem seu berço propriamente dito apenas a partir do século XIX, de capitalismo dito liberal. A indústria Cultural atinge seu grande momento com o capitalismo de organização ou monopolista.
Uma ideologia cujos traços são, entre outros, o paternalismo, a necessidade de tornar passivos todos os sujeitos, a transformação em coisa (reificação) de tudo o que possa existir – traços estes presentes no capitalismo de organização – estaria assim presente num produto como a TV, como de fato está.
Segundo Marshall McLuhan, os meios de comunicação não são apenas os tradicionais (rádio, TV, jornal, etc) Mas também o carro, a roupa, a casa, o dinheiro e uma infinidade de entidades assemelhadas. Não se pode, segundo ele, julgar um meio pelo uso dele feito, uma vez que ''isso'' é um só, é constante e se sobrepõe ao uso-mensagem.
Assim, o meio é a sua própria mensagem, e nada além disso. A TV na teoria de Mcluhan, é um meio frio. Por ''frio'' deve-se entender o meio de baixa definição. Segundo Mcluhan, os meios quentes promovem uma baixa participação do espectador.
A audiência complementa os dados que é em meio tido como de baixa definição, como a TV, fornece incompletamente, e mais nada.
A TV não produziu o nacionalismo, seu conteúdo não é o nacionalismo, mas sim o universalismo. Segundo Karl Marx, graças ao desenvolvimento da tecnologia, as culturas nacionais acabariam por apresentar um número cada vez maior de traços em comum.
? Indústria Cultural no Brasil
Os meios de comunicação de massa acabam produzindo uma estrutura cultural que se torna impositivamente comum ao número dos atingidos por esses meios.
A indústria cultural no Brasil apresenta-se marcada pelos traços mais evidentes e grotescos do comercialismo em particular e do capitalismo em geral. A indústria cultural brasileira está bastante voltada para temas, assuntos, e culturas estrangeiras, particularmente a norte americana



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