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A IDENTIDADE SEXUAL DA GRÉCIA CLÁSSICA
(Farias)

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“O pensamento moral define a relação do sujeito com a própria atividade
sexual”[1] ou
a sexualidade define o pensamento moral do grego?

Uma indagação instigante quanto ao significado da moral grega, que era
estabelecida sob o amparo do status,
e este é decorrência da sexualidade. Respeitando os preceitos da relação sexual
para os gregos, é, notadamente nítido a influência direta que esta exerce sobre
toda a sociedade.

A vinculação do sexo com o “mundo” grego infere observações sobre o sexo,
que cumpre a inserir em sistemas de utilidade, regular para o bem de todos,
fazer funcionar segundo um padrão, o de respeito à hierarquia.

Padrão este que leva a construção de uma hierarquia sobreposta ao papel
do ativo para com o passivo, do dominante para com o dominado. Desta maneira a
“cama” abrange a sociedade como um todo. Ao polarizar o ato sexual, entre
passividade e atividade, também ocorre com a hierarquia social.

O sexo, então, é o ponto definidor do status
social. “Quando, no jogo das relações de prazer, desempenhava-se o papel do
dominado, não se poderia ocupar de maneira válida, o lugar do dominante no jogo
da atividade cívica e política”[2].

A aceitação da homossexualidade dá-se também por intermédio da
observância das normas, pois relação entre homens da mesma idade ou classe
social, contrariava o conceito de virilidade, a submissão de um para com outro.
A institucionalização da pederastia é fator decorrente desta mentalidade.

Portanto, a identidade sexual do grego clássico é formada na concepção da
ação do ativo sobre o passivo, o dominador sobre o dominante. A superioridade é
a virilidade, afetá-la é deturpar a moral, e formular atos vergonhosos. A
manutenção da moral confere o status
e este matem a sociedade em constante movimento. Preserva-se a singularidade.











[1] FOUCAULT,
Michel. História da Sexualidade III: O
Cuidado de Si. Relógio D’Águas Editores, 1994. pp. 42.







[2]
FOUCAULT, Michel. História da
Sexualidade II: O Uso dos Prazeres. Relógio D’Águas Editores, 1994. pp.
194.



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