Drácula
(Bram Stoker)
“Den die Todten reiten schnell” (Pois os mortos viajam velozmente). Em 1987, o irlandês Bram Stoker escreveu o romance Drácula, baseando-se na figura histórica do sanguinário príncipe romeno Vlad III, o Empalador. O livro é escrito como se fossem cartas trocadas entre as personagens ou diários pessoais, passando a impressão de ter um fundo verdadeiro em seus relatos. Na trama, o jovem inglês Jonathan Harker viaja para a distante região de Cárpatos a convite de um cliente que deseja comprar uma residência na Inglaterra o mais rapidamente possível. É recebido, então, pelo velho Conde Drácula, um homem antigo e soturno, de hábitos distintos. Seu anfitrião logo se mostra um carcereiro e o castelo do Conde, uma prisão.Enquanto Harker investiga a vida do Conde, Mina Murray, sua noiva, está na Inglaterra, aguardando o retorno de seu amado. Para sua infelicidade, como se já não bastasse o desaparecimento de seu noivo, Mina também precisa lidar com a inexplicável doença de sua melhor amiga, a Srta. Lucy Westenra, que a cada dia parece mais enfermiça. Desesperadamente, familiares e amigos procuram a ajuda do exótico Dr. Abraham Van Helsing, que lhes revela a verdadeira natureza da moléstia e alerta sobre a criatura nefasta que se aproxima. O suspense perdura entre todos os envolvidos até que das penumbras ele surja renovado, envolto em imortalidade e sedento por sangue. Como matar o que é imortal?Longe de ser considerado mera história de terror, Drácula debate sobre a finitude, a imortalidade e ganância. Desperta os instintos para uma das maiores ambições humanas, a ilusão da juventude eterna. Stoker pinta o vampiro como um ser capaz de se tornar jovem a cada gota de sangueingerida e que pode superar os séculos como quem vive apenas algumas horas. Nunca o mito do vampiro se tornou tão atual como hoje, em uma sociedade como a nossa que prega pela beleza e que nega a morte.
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