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Modernismo:o lirismo de libertação
(Samira Yousseff Campedelli)

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Manuel Bandeira
(1886-1968) foi classificado por Antonio Cândido e Gilda de Mello de Souza,
como “o grande clássico da nossa poesia contemporânea”. Manuel Bandeira é um
poeta rítmico, livre, em constantes rupturas com formas canônicas/consagradas,
como as parnasianas ou simbolistas, ou ainda mais antigas, embora tenha se
inspirado em muitos românticos e parnasianos.

Sua poesia é uma poesia despojada,
pelo coloquialismo e prosaísmos que apresenta, desde sua estreia em 1917, com Cinzas das horas. E em Carnaval, segundo Sérgio Buarque de
Holanda “ sua voz faz-se satirizante com Os sapos, poema que seria uma espécie
de hino nacional dos modernistas”. Entretanto, é em Libertinagem,que podemos ver a consolidação de sua poesia.
Destaque para o poema “Poética” que funciona como um verdadeiro manifesto da
estética libertada.

Ainda sobre Manuel Bandeira, podemos
afirmar que ele rompeu tradições poéticas ao introduzir o coloquialismo na
poesia, tornando-se um mestre do verso livre, unindo o cotidiano ao plano estético,
sem renegar certa herança dos românticos, e até “pinceladas”do lirismo de
Camões. Com isso, Bandeira, acaba por reinventar e engrandecer sua poética.

Sobre Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987), que já seria um representante do 2º Tempo Modernista na poesia, ao
contrário de Manuel Bandeira (1ª Fase Modernista), é considerado o maior
representante brasileiro da poesia do século XX, com uma linha poética que vai
desde o 1º modernismo, com os poemas-piada; até a década de 80. Por tal motivo,
podemos distinguir várias linhas poéticas em sua obra: uma poesia saudosista da
família e da terra natal, a exemplo do poema “Infância”, “No meio do caminho”, “Quadrilha”,
de Alguma poesia; uma poesia
intimista do “eu retorcido” em que vemos um poeta que percebe a realidade de
forma autêntica e cruel, como no poema “Os ombros suportam o mundo”, de Sentimento do mundo; uma poesia
política, de participação social, como na coletânea Rosa do povo. Há ainda uma
poesia metafísica, de reflexão sobre a essencialidade humana, tentando
compreender profundamente a realidade, a exemplo do poema “Amar”, de Claro enigma; e o poema-objeto,
explorando a mensagem sintética e telegráfica, à moda dos primeiros futuristas,
com a enumeração caótica, extrema economia de palavras, como no poema “Isso é
aquilo”, de Lição de coisas.

Por último, vale comentar sobre a
poética libertária de Cecília Meireles (1901-1964), também representante da 2ª Fase Modernista, na qual predomina o misticismo, a procura de Deus, ou a nostalgia
do além. Cecília Meireles domina magistralmente os elementos etéreos, com uma
poesia povoada de fantasias, numa diluição (proposital) de formas, sons e cores,
a exemplo do livro Vaga música, em
que o próprio título já sugere uma indefinição, a imprecisão (como à moda dos
Simbolistas), com poemas, como “Chorinho”, um texto simples e musical. No
entanto, em Retrato natural, já vemos
uma tendência para versos populares – as redondilhas- , como em Cantata matinal. Também se destacam Doze
noturnos de Holanda, Canções e Metal rosicles, em que vemos que Cecília
Meireles apesar de ter obras que se diferenciam entre si, em cada uma delas há uma mesma essência: instantâneos que capturam uma cena do cotidiano ou uma paisagem,
ou a beleza de uma flor ou a grandiosidade da Natureza, com o desejo de mostrar
a transitoriedade da vida ou, os momentos tensos de percepção de que tudo é
breve e efêmero.



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