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A identidade do campo educacional. In: Pesquisa em Educação
(Brandão; Zaia)

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Segundo Zaia Brandão em seu artigo A identidade do campo educacional refere-se ao campo de produção de conhecimentos sistematizados definindo-a como problemática, pois nem sempre se articulou de forma harmoniosa as diferentes áreas dos conhecimentos educacionais. Definindo- se como autônoma as principais Universidades estão longe de entrarem em um consenso quanto à identidade epistemológica do campo educacional quanto a literatura da área encontram- se como pedagogia, ciência da educação, negando-se assim uma identidade autônoma. Como a medicina, a educação passou por um difícil processo de mudança de status social, antes entendida como missão e hoje cada vez mais como trabalho de assalariados divididos entre vários empregos, ela vem se tornando um pratica profissional crescente fragmentada, insatisfatória, e ate mesmo desvalorizada. A ampliação as redes de ensino trouxe consigo a diversificação das origens sociais de seus usuários; essa situação criou uma variedade tão grande de problemas que a formação dos profissionais da área vem exigindo um embasamento crescente multidisciplinar, ao mesmo tempo que sintonizado com o avanços dos conhecimentos das áreas afins. Essa situação suscita uma extensa reflexão sobre a identidade epistemológica da educação, que sustente a reformulação e reorientação das bases técnicos cientificas do trabalho dos profissionais da educação, dentro de parâmetros cada vez mais complexos. (p.74-75)
Na segunda parte do artigo faz referencia a Anísio Teixeira e sua obra Ciência e Arte de Educar, que explica a sua visão elações entre educação e ciência. Esta visão esteve subjacente aos trabalhos de pesquisa realizados no Centro de Pesquisas Educacionais o qual esteve a frente dos trabalhos onde o texto oferece uma densa reflexão sobre a identidade do campo educacional. A construção de um sistema de educação compatível coma as exigências das complexas sociedades modernas era tema recorrente entre os educadores daquelas gerações. A complexidade alis é uma das noções mais utilizadas por estes educadores para a caracterização da educação, na dimensão interpessoal (relação professor-aluno), na dimensão institucional (escolas), na social (sistemas escolares e sistemas culturais) ou na política (diretrizes e orientação do Estado em matéria de educação escolar). Anísio Teixeira via as relações da educação com o campo cientifico de uma forma muito peculiar e até hoje pouco retomada no meio acadêmico. Para o autor, tornar as praticas educacionais mais cientificas não implicava o desenvolvimento de uma ciência da educação, ou seja, uma ciência autônoma . Tornava-se sim necessário o desenvolvimento das ciências- fonte de educação que precisariam segundo ele adquirir a maturidade das grandes ciências já organizadas ( biologia,física,química por exemplo) que vinham fundamentando as artes - cientificas da engenharia e da medicina (p.76-77). Para alem do conhecimento cientifico, a educação exigiria uma sabedoria que transcendendo o plano dos interesses da ciência, a remeteria aos interesses humanos, conferindo assim uma dimensão ético-social à aplicação das ciências do campo da educação. Seria a combinação de saber (conhecimento cientifico) e sabedoria (conhecimento/experiência de vida com dimensão ética e social) que estaria na base da arte de educar, arte esta tão complexa que se teceria na articulação de uma arte cientifica com uma arte clinica (p.79). Na terceira e ultima parte se faz um questionamento profundo aos interesses de Anísio Teixeira porque conferia tamanha ênfase às ciências sociais? Estaria querendo sugerir alterações na hierarquia das referencias balizadoras das questões educacionais, colocando essas ciências em situações privilegiadas na pesquisa da educação? Ou estaria simplesmente apostando nos horizontes abertos pela pesquisa em ciências sociais ao planejamento e pratica educacional. Julgava-se que esta aproximação motivaria de uma parte, os cientistas sociais a buscarem na “pratica escolar” os seus problemas, e por outra os educadores a trazerem destas ciências os subsídios para melhorar ambos “ homem de ciência” pois trabalhando com os conhecimentos científicos, seja produzindo os (cientistas), seja aplicando-os (educadores).
É interessante perceber certa ambivalência de Anísio Teixeira a respeito da ciência. As nítidas fronteiras entre os papeis do cientista e do educador são justificadas pela necessidade de preservar o campo educação das aplicações precipitadas dos resultados das ciências.



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