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O Processo
(Franz Kafka)

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Na
obra “O Processo” Kafka descreve uma narrativa cheia mistério, fazendo com que
o leitor mergulhe em um contexto que parece fugir da racionalidade e lógica,
que é uma das características mais marcantes de suas obras. Nesta obra, ele
relata a história de Josef K, bancário que ao acordar no dia de seu aniversário
de 30 anos se vê detido por pessoas que não conhece, a fim de responder um
processo judicial do qual não sabe o motivo, movido por uma justiça ilógica,
corrupta e burocrática. Embora detido, fica autorizado a viver sua vida
normalmente, exercendo suas atividades diárias como se nada estivesse
acontecendo, somente tendo que comparecer eventualmente a um Tribunal que
chega a ser utópico de tão inconcebível.

Nesse fantástico e irritante cenário kafkiano,
o leitor não pode se deixar levar singelamente pelas aparências, pois, sempre
que quer relatar o coerente Kafka utiliza-se do absurdo, e sempre que quer
narrar o impensável fala de maneira lógica, confundindo. Além de que nada é o
que mais simples possa ser, haja vista que será sempre algo inerente à sua
vivência e seu sofrimento, sendo intrínseco aos seus sentimentos mais
profundos. É neste ponto que entendo que está a grande qualidade de Kafka, a
capacidade de poder sentir o anseio social e entrelaçá-lo com as mais absurdas
situações, justificando-os. A
obra “O Processo” é inesgotável em sua análise, aqui me atenho a algumas das
que mais me impressionaram, trata-se de uma obra que não perde sua
contemporaneidade, sendo moderníssima mesmo hoje. As críticas de Kafka, embora surreais, são bastante incisivas, vindo a se paralelizar com muitas situações
atuais. Na narração de Kafka o capelão que dialoga com Josef tenta explicar-lhe
por uma parábola os caminhos da Lei. Kafka
deixa-nos uma obra-prima, não só pela qualidade única de sua técnica, mas,
também pela maravilhosa gama de possibilidades de análises de seu mundo. “O
Processo” é tempestivo, atual, entendo que mais, eterno. Embora sua leitura
seja de certo modo inquietante, o leitor desfruta de uma obra caracterizada
pelo absurdo, que o leva à ira com o personagem, mas, à reflexão com o
contexto. Como já dito supra “O Processo” faz o leitor ficar mais alarmado para
com a sociedade e o aparelho jurídico, não duvidando de seus fundamentos,
advindos do pós-iluminismo, porém, do egocentrismo humano, do poder inebriante,
pois, criação não se confunde com criador, se o sistema é falho lhe é por causa
do homem.



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