Macunaíma
(Mário de Andrade)
Mário de Andrade é um paulista nascido em 1893. Em Macunaíma, o herói sem caráter, temos a criação máxima desse autor que lutou por uma língua brasileira, mais próxima do falar do povo. O livro conta a história do personagem Macunaíma, o anti-herói, aquele que nasceu preto e virou branco. Enfoca o choque do índio amazônico com a cultura européia de São Paulo. Macunaíma representa a síntese do povo brasileiro. O personagem, ao pensar como selvagem, transforma um inglês em London Bank, a cidade de São Paulo em bicho-preguiça, tudo muda de sentido. Para ele, herói brasileiro, a vida é uma festa. Do seu modo. Ele é um índio preto retinto, feio, preguiçoso para falar e trabalhar, muito esperto para ganhar dinheiro, nadar e brincar com as moças. É o oposto dos heróis românticos. Quanto à linguagem, Mário de Andrade procura retratar a linguagem brasileira do povo simples das nossas matas virgens. Mistura expressões indígenas com a fala popular. Inicia frases com pronome oblíquo. Crias brasileirismos. Joga o folclore. Percebe-se, também, diferentes traços culturais que influenciaram o homem brasileiro: rituais indígenas e figuras africanas. A proposta de Mário de Andrade foi retratar o lado mais real do Brasil e do seu povo, apresentando-nos um painel exuberante através do inigualável Macunaíma. Vale a pena conhecer esse herói que o autor nos apresenta!
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