O Ateneu
(Raul Pompéia)
O Ateneu é uma das obras mais importantes do Realismo brasileiro. É uma narrativa que se encontra escerita na primeira pessoa, cujo personagem Sérgio, já adulto conta sobre seu tempo de aluna interno no Colégio Ateneu. A acção do livro passa no ambiente fechado e corrupto do internato, onde convivem crianças, adolescente , professores e empregados. É dado o início do romance, com o pai de Sérgio advertindo "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu Coragem para a luta" Dr. Aristarco é o director do colégio. Figura soberba, cheia de empáfia e que apenas visava o lucro. Tinha o sonho de ver um busto com a sua face. Sérgio paulatinamente narra as decepções, os medos, as dúvidas , a rígida disciplina, as amizades, os acontecimentos em volta da própria sexualidade, as questões que muitas vezes nem sempre são respondidas. O romance é um diário de um internato: as aulas, a sala de estudos, a diversão nos banhos de piscina, as leituras, o recreio, o que acontecia nos dormitórios, no refeitório e as disputas. O mundo da escola é sempre visto e retratado a partir da perspectiva particular de Sérgio. Desse modo, a instituição , os colegas, os professores e o director Aristarco são representados em função de certa óptica, claramente caricatural, em que os erros, hipocrisias e ambições são projectados e realçados. Misturando alegria e tristezas, decepções e entusiasmos, Sérgio, pacientemente reconstrói, através da memória, a adolescência vivida e perdida entre as paredes do famoso internato. A obra termina com o incêndio do Ateneu pelo estudante Américo. No incêndio o director fica perdido, estático com ele é abandonado pela esposa.
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