O Livre Arbítrio
(Santo Agostinho)
Quando lemos Santo Agostinho com a alma, e mergulharmos na meditação de seu pensamento, torna-se irresistível o desejo do conhecimento, da busca do essêncial. É como se o universo se abrisse dentro de nós, e pudessemos com ele navegar nas profundezas do conhecimento humano. Engana-se quem pensa que a leitura de Santo Agostinho seja algo ultrapassado. Ele é tão atual e magistroso como o foi á 16 séculos atrás. Santo Agostinho é fé, é razão, é questionamento, inquietação e desejo de saber. Durante a leitura, parece que nos sentimos transportados para uma região obscura e secreta da alma, para um labirinto de idéias e imagens inconcebíveis ao homem superficial. É um mundo novo. E exatamente ai, no limite da fronteiriço entre a fé e a razão, que maravilhasamente vemos as águas se juntarem formando um só rio. Fica aquele sentimento do marinheiro que depois de longa viagem, descobre um novo continente. O Livre Arbítrio é um convite ao conhecimento. Ao conhecimento interior, é filosofia na sua essência.Deus é mal? Deus é o autor do mal? porque existe sofrimento se Deus é bom? Esses e outros questionamentos são análisados á exaustão.Mas o leitor menos preparado não deve temer, poisvai bem acompanhado. Santo Agostinho não nos deixa sozinhos e como que abandonados a nossa própria sorte, perdidos numa floresta de pensamentos.Mas como astuto instrutor, vai nos respondendo na mesma medida em que nos questiona novamente , tudo isso num ciclo genial até o momento em que nós encontramos no centro de nós mesmos. E dai fica fácil descobrir porque toda vida é especial, e todo homem é único. Santo Agostinho é um daqueles gênios com que a vida presenteia a humanidade de século em século. É um daqueleshomens raros , por muitos imcompreendido, por alguns subestimado, mas sempre respeitado.
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