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Memórias De Um Sargento De Milícias
(Manuel Antônio de Almeida)

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Memórias de um sargento de milícias é um livro de 1852, escrito por Manuel Antônio de Almeida. Retrata as classes média e baixa, algo muito incomum para época, onde os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre, contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvovesse a sua obra.
O romance tem início no começo do século XIX. em uma viagem de navio, Leonardo Pataca conhece Maria das Hortaliças. Em meio a "piscadelas" e "beliscões", os dois se apaixonam e, chegando no Brasil, se casam. Desse relacionamento nasce um filho: Leonardo. Porém, anos depois, Leonardo descobre que Maria o está traindo. Eles brigam e Maria foge de casa com o capitão de um navio. Com a separação, Leonardo sai de casa e leva seu filho para ser criado pelo padrinho. O padrinho de Leonardo era um barbeiro, que queria que Leonardo fosse padre, mas o menino não tinha a menor vocação, ao contrário, Ele era muito travesso.O tempo se passa, e Leonardo se torna um típico malandro carioca: não possuía emprego, ficava vadiando. Porém, a sua vida muda quando conhece Luizinha, sobrinha de D. Maria, uma amiga do padrinho. Ele se apaixona por Luizinha, porém tem um rival, José Manuel, que está interessado na herança da moça. Com a ajuda de sua madrinha, uma parteira, eles afastam o José Manuel de Luizinha. Porém, o padrinho de Leonardo morre, e ele tem que voltar a viver com o pai. Acaba não se dando bem com sua nova madrasta e, após uma discussão, acaba fugindo de casa.Leonardo vai viver com um amigo, em uma casa bastante agitada e com muita gente. Acaba se apaixonando por Vidinha, e o amor é recíproco. Porém esse namoro não agrada aos dois primos de Vidinha, que têm intenções de se casar com ela. Para tirar Leonardo do caminho, eles vão até Vidigal, o chefe de polícia, e acusam Leonardo de vadiagem. Vidigal prende Leonardo quando ele, Vidinha, e seus dois primos saem para curtir a noite. Mas no caminho até a delegacia, ele consegue fugir.Mais tarde, leonardo arruma um emprego na Ucharia Real, pois assim, Vidigal não poderia prendê-lo. Porém ele se envolve com a mulher do "toma-largura" e, com isso, ele é demitido e preso. Enquanto isso, José Manuel e Luizinha se casam, porém, ele a trata muito mal. Vidinha, com ciúmes de Leonardo, vai tomar satisfações com a mulher do "toma-largura". Mas, o que acaba acontecendo, é que o "toma-largura" se interessa por Vidinha. Enquanto isso, por saber muito sobre a vida marginal, Leonardo vira policial. Porém, Leonardo, pelo seu gosto por travessuras e muitas vezes pelo seu bom coração, acaba protegendo e ajudando os bandidos. Vidigal o pune com chibatadas e o prende. A comadre em desespero, tenta de todas as formas conseguir a libertação de Leonardo, mas tudo em vão, Até ela conhecer Maria-Regalada, velho amor de Vidigal. Juntas não só conseguem a libertação de Leonardo, como sua promoção a sargento. E isso tudo vem em boa hora, já que com a morte de José Manuel, Luizinha agora viúva, se casa com Leonardo. E tudo termina em um final feliz.
Em Memórias de um sargento de milícias, os personagens são planos, ou seja, eles não mudam seu comportamento no desenrolar da história. Por exemplo, como pode ser visto nesse trecho: "Um grito de espanto, acompanhado de uma gargalhada estrondosa dos granadeiros, interrompeu o major. Descoberta a cara do morto, reconheceu-se ser ele o nosso amigo Leonardo!..." (pág. 124) Este trecho mostra Leonardo zombando de seu próprio chefe, o major Vidigal. Ou seja , Leonardo, mesmo depois de adulto, continua sendo travesso, malandro e outras características que ele mantém desde de criança.Os personagens se destacam apenas por traços gerais e comuns ao grupo que pertencem. É tão exagerada, que as personagens muitas vezes não são tratadas por seus nomes, e sim por seu tipo, ou profissão: toma-largura, comadre, parteira, barbeiro, primo. Neste trecho ele descreve a comadre, e em nenhum momento do livro o autor fala o seu nome: "Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papa-missas da cidade." (pág. 35)
O espaço físico apresentado na obra é o meio urbano brasileiro do século XIX. A história se passa no Rio de Janeiro, e descreve seus principais pontos, como igrejas, principais ruas, mas descreve também pontos bem à margem da sociedade, como acampamentos de ciganos e bares. Neste trecho, o autor descreve um acampamento cigano: "Moravam ordinariamente um pouco arredados das ruas populares, e viviam em plena liberdade. As mulheres trajavam com certo luxo relativo aos seus haveres: usavam muito de rendas e fitas; davam preferência a tudo quanto era encarnado, e nenhuma delas dispensava pelo menos um cordão de ouro ao pescoço; os homens não tinham outra distinção mais do que alguns traços fisionômicos particulares que os faziam conhecidos."



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