BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Sinais dos tempos: Imagem e narcisismo.
(qahirah)

Publicidade
O Mito do Narciso representa o auto-erotismo fatal: um jovem belo e superficial, apaixonado pela sua própria imagem... é devorado por um sentimento estéril dirigido para si próprio.Nós vivemos num mundo de imagens reflectidas, tal como a imagem de Narciso, vivemos num mundo estéril e fantasmagórico.O auto-erotismo alimentado pelo nosso mundo, está completamente saturado de imagens exteriores enquanto desconhecemos a nossa realidade interior. A crescente intensidade do ruído ensurdecedor que nos rodeia, destina-se a calar o clamor que se ergue dentro de nós e que exige ser escutado: a nossa alma. Afinal, quem somos, donde vimos e para onde vamos?No entanto o Carnaval terrivelmente enganador que nos rodeia, perpetua o encantamento da ilusão, esse veneno mortal que dentro do poço nos aguarda escondido e que, com o seu fascínio egoísta, nos atira para um destino fatal.No cinema, por exemplo, as imagens reflectidas na tela são imagens, são fantasmas de quem as representou, os sentimentos e as situações representadas são inventados... mas as pessoas já não estão lá nem a história é assim. Somente conta o fascínio da imagem e da distracção, da história que nos afasta do conhecimento e da solução dos nossos problemas reais. O mesmo se pode dizer do que acontece na TV, na política, nos jornais, na publicidade, nas solicitações duma sociedade de consumo em que estamos afogados... é um nunca mais acabar de ilusões e de mentiras, de alienações.No dito «amor» dos dias de hoje, vive-se a mesma fantasia auto erótica: a família deixou de existir, cada qual procura somente a satisfação dos seus prazeres, dos seus caprichos e todos se cruzam na mesma intenção para mergulhar de seguida no engano da sua miragem fatal.Vivemos numa época narcisista, egoísta: afogamo-nos na ilusão duma realização pessoal inventada, não natural, de conquista de beleza somente falsa e exterior. O que conta é o aspecto, aquilo que se enxerga com o olhar, a imagem... e o conteúdo, o espírito humano onde se escondem os verdadeiros tesouros com os quais podemos ser realmente felizes, quase não chegam a ver a luz do dia, quase não chegam a nascer, são como nados mortos! A nossa natureza humana que vem evoluindo há milénios, exige continuar a sua caminhada, através da nossa memória, rumo à individuação e à totalidade, que é o selo identificador que todos trazemos à nascença e encerra um vaticínio que tem de ser cumprido: devemos conhecer a nossa alma e o nosso destino, vivendo plenamente as nossas potencialidades.A história humana pode comparar-se a uma árvore que nasceu, se desenvolveu, tem a sua época de floração e de seguida virá a colheita: os frutos serão a realização da individuação e da totalidade, de todos e de cada um. Ficar-se numa miragem de flores transformadas em mera fantasia e não cuidar da realização plena como pessoa e como espécie... é perder-se num auto erotismo estéril como o Narciso... e é um grande desperdício.O Mito do Narciso avisa dos perigos do egoísmo estéril, cujo fascínio esconde a perigosa voragem dum poço profundo e escuro, disfarçado numa bonita miragem.Aluna: Maria de Fátima Cardoso de Sousa Dias Master em Psicologia Analítica.



Resumos Relacionados


- A Lenda De Narciso

- A Lenda De Narciso

- Filosofia

- Narcisismo

- Os Benefícios Da Massage



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia