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Proposições de Wallon para o estudo do psiquismo humano
(Izabel Galvão)

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O estudo do psiquismo humano, segundo o notável psicólogo francês Henri Wallon, deve estar situado entre o campo das ciências naturais e das ciências sociais, posto que o homem é sujeito a uma dupla história: a de suas disposições internas e de suas situações externas. Dessa forma a o estudo psíquico deve procurar unir o espírito e a matéria, o orgânico e o psíquico, opondo-se, assim, às concepções reducionistas como a psicologia idealista e seu mergulho introspectivo que reduz o psiquismo à vida interior, recusando aceitar análises do ponto de vista da psicologia científica. O organismo é sim, tido, dentro da perspectiva walloniana, como condição primária do pensamento, porém é firmemente refutada à tese da consciência como mero decalque das estruturas cerebrais, posto que o objeto da ação mental vem do exterior, ou seja, do meio no qual o sujeito está inserido.
A concepção walloniana enfatiza a impossibilidade de dissocialização entre o biológico e o social, pois entende que a existência humana envolve as exigências do organismo e as exigências da sociedade, se dando o desenvolvimento entre mundos distintos - porém indissociáveis - a matéria viva e a consciência. Wallon defende o materialismo dialético unindo contradições e concepções psicológicas diferentes - o materialismo mecanicista e a psicologia idealista, buscando a compreensão dos fenômenos a partir dos vários conjuntos dos quais participa e admitindo a contradição como construtiva do sujeito e do objeto, de forma que essas contradições devam-se se resolver e que até são elementos de explicação dos diferentes fenômenos do desenvolvimento humano.
Sua proposição é um estudo integrado do desenvolvimento mental que abranja os diversos campos funcionais nos quais se divide a atividade infantil - afetividade, motricidade, inteligência -, sendo, antes de tudo, entendido o homem como ser “geneticamente social”, observado-se o ser humano a partir de análises estruturais e não reducionistas ou compartimentalistas. Pode-se dizer que, dentro da psicologia walloniana, quanto maior o número de fontes de comparação, mais completa será a explicação dos fenômenos estudados. Desse modo, os dados fornecidos pela psicologia genética não bastam, é preciso obter dados de outros campos tais como a neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia animal, ou seja, somente após uma análise que abranja os diferentes campos de estudo do ser humano dentro de um caráter estrutural que se deve buscar a obtenção de uma melhor compreensão acerca do complexo, porém fascinante, processo de desenvolvimento de nosso psiquismo.



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