Folha de Sao Paolo
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O ex-economista chefe do banco mundial, Nicholas Stern, comandou um relatório de 700 páginas sobre o impacto econômico gerado pelo aquecimento global, encomendado pelo governo britânico, que, em síntese, conclui: “os gastos para estabilizar a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera seriam equivalentes a 1% do PIB mundial até 2050.” O primeiro ministro britânico, Tony Blair, defende a importância de se investir o mais breve possível de uma maneira firme e decidida, tendo em vista que em um futuro já próximo as catástrofes geradas pelo aquecimento global serão inevitáveis, se continuarem as mesmas políticas ambientais em todo o planeta. Estima-se que 100 milhões de pessoas residentes em áreas costeiras do planeta, necessitem abandonar suas regiões de origem, em conseqüência do aumento da temperatura global e dos seus desdobramentos: aumento do nível do mar resultante do aumento da expansão térmica dos oceanos e do derretimento de vastas geleiras causando inundações. Por outro lado, crescerão as secas em determinados países, elevando ainda mais o número de “refugiados do clima”.A reunião das Nações Unidas em Nairóbi ( Quênia) no começo de novembro, se constitui em uma excelente oportunidade para que se priorizem ações internacionais com claros objetivos de reverter este quadro tão preocupante. Dentre as possíveis ações, destacam-se o uso de biocombustíveis em larga escala, bem como a preservação das florestas. Como ficou provado no estudo, os países ricos são os principais responsáveis pela crescente emissão de gases que provocam o efeito estufa e, para compensar, devem pagar de 60% a 80% dos custos para combater o aquecimento global.Relatório Stern: www.sternreview.org.uk
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