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Dom Pedro II e os Judeus - Parte III
(Yitzhak Frank Katan)

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...continuação da parte II. Desculpem pela demora pessoal. Estou sem muito tempo para dar continuidade à meus escritos!! Boa leitura...

Em San Francisco, a Torá lhe foi apresentada e o Imperador a leu fluentemente, leu o Livro de Moisés e traduziu o texto com desembaraço para surpresa dos presentes. E assim visitou as sinagogas das cidades onde esteve nos Estados Unidos e restante da Europa. No seu diário ele registrava a passagem pela Sinagoga de Bruxelas, esteve também na Sinagoga de Toledo fazendo anotações sobre a música e o canto assistido aos shabat invariavelmente.
Sua Majestade veio à Israel, então Palestina sob domínio turco. Esteve numa sinagoga samaritana em Sebastia e ele anota que a Torá que lhe foi apresentada era de pele de gazela, muito antiga e tinha o Pentateuco escrito em letras fenícias ou cananéias usadas antes do exílio babilônico. Em Damasco (hoje capital da Síria) procurou os judeus e os visitou. Já em Israel esteve em Kfar Naum e anotou: "Estudei a Bíblia quanto pude", e trouxe uma pedra das ruínas da Sinagoga.
Foi nesta viagem, várias vezes à Jerusalem e anotou: "Vou ao Monte das Oliveiras e vou ver os judeus orando junto à Muralha do Templo". Por aqui termino nossa viagem junto com Sua Majestade na Terra Santa pois tratarei disso num artigo à parte, mais adiante.
Agora, voltando ao Brasil, Sua Majestade era sempre ligado aos seus amigos judeus, mantendo vasta correspondência sobre o hebraico. Havia um especial, Ernest Renau, filósofo, professor de hebraico e sânscrito, era escritor mas os livros por ele publicados sobre religião não coincidiam com o sentido religioso do Imperador. Sua Majestade era religioso, o estudo do hebraico, o interesse pelas sinagogas e os judeus estão alinhados com ele, que declarava: "Creio em Deus, sempre tive fé".
O Brasil seguia seu caminho, o Império comerciava com o exterior e tornava-se conhecido pelo mundo. O Imperador recebia publicações de várias partes e assim, foi se formando a Biblioteca Imperial. Dos Estados Unidos, chegou um livro em hebraico de autoria do Rabino Halish e também um manuscrito de Jerusalem enviado por Salomon Henvitz. Muitas cartas em hebraico, poemas, um livro sobre Judah Ha-levy vieram para o Castelo d'Eu, na França, quando o Imperador já estava no exílio. Sua Majestade, mesmo destronado, continuou a freqüentar os meios judaicos da Europa.
As anotações em seu diário são variadas já no exíliio, refere-se aos seus contatos com judeus radicados em setores diversos: médicos, professores, rabinos, escritores etc... Seis semanas antes de seu passamento, ele enviou carta ao professor Max Pettenkoper, agradecendo as poesias em hebraico. Sua Majestade foi amigo do Rabino Benjamin Mossé de Avignon, que lhe sugeriu que traduzisse os poemas litúrgicos daquela região da Provença, pois ele dominava os dois idiomas. Os poemas eram escritos de maneira especial, eram piuts, escritos em hebraico, outra em provençal. Sua Majestade fez a tradução ao seu modo. O texto hebraico foi para o francês e o provençal para caracteres latinos e assim Dom Pedro II fez muitas traduções para o Rabino de Avignon, incluindo o Aramaico.
As publicações religiosas do rabino denominadas "La Familie de Jacob" estão documentados os trabalhos de Sua Majestade o Imperador. A Biblioteca Nacional de Paris possui esses exemplares, as bibliotecas judaicas na França e em Israel NÂO OS TÊM, embora constem documentos franceses as traduções feitas pelo Imperador dos "treze atributos de Deus" do Rabino Salomon Ben Isaac de Troyes. No Brasil, não há nenhum documento a respeito.
Continua a parte final na próxima semana, com comentários finais de meu respeito...



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