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Campanha individual no combate ao 'jeitinho brasileiro' na gestão pública
(Ana Maria Alves Ribas)

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A corrupção e o nepotismo são alvos de severas campanhas nacionais, no entanto o "jeitinho brasileiro" por estar impregnado em nossa cultura é aceito por quem pratica, testemunha e até louvado quando os meios justificam os fins. Há o esquecimento de que o nepotismo e a corrupção são sustentados pelo "jeitinho brasileiro" com um agravante, acaba consolidando a impunidade de ambos. Exemplo é o fim do nepotismo no parlamento aprovado em lei com ares de vitória e satisfação daqueles que lutaram. Com o "jeitinho" as bancadas trocam de gabinetes seus parentes ou negociam com outras instituições públicas. Desta forma o nepotismo no papel acabou, mas não de fato. Da mesma forma é a corrupção, onde para o atingimento dos objetivos se faz o uso indiscriminado. Na gestão pública como um todo o "jeitinho brasileiro" é usual, pois há uma resistência latente às mudanças e principalmente às regras. Não importa o quanto for radical uma lei aprovada com a intenção de melhorar o atendimento ou reduzir os privilégios, no momento das normatizações decorrentes são encontrados os "jeitos", com a finalidade de adequar a nova legislação às práticas consolidadas. Na área da educação pública está presente desde o chefe do Executivo até as escolas. Por conseqüência as políticas educacionais não se consolidam e os PPPs das escolas seguem o mesmo caminho. Cabe lembrar que o "jeitinho brasileiro" nasceu com a urbanização das metrópoles ainda na época do império e se proliferou após a introdução dos senhores do engenho e de café nos serviços públicos em cargos burocráticos criados pelo imperador para acomodar e conferir um status quo, onde a cultura patriarcal dos engenhos é introduzida na gestão pública e ainda está presente (corrupção/nepotismo/apropriação indébita/privilégios). A visível diferença de acesso aos direitos à população se comparada com a aristocracia da época, aliada à cultura que pregava a "harmonização" entre as classes, a população pobre para não entrar em confronto direto acaba desvirtuando a essência do "jeitinho brasileiro", que se caracterizava como a forma criativa das pessoas produzirem novos processos laborais para sua sobrevivência. Quando foi direcionado ao patamar da "esperteza" como forma de burlar pessoas e instituições, uma via rápida para conquista de privilégios e na equiparação dos direitos, mesmo temporária nasceu também a cultura dos "favores" e não dos direitos. Passados mais de 500 anos pouco mudou no que tange à cultura patriarcal na gestão pública sustentada pelo "jeitinho brasileiro". Porque este "jeito" único no mundo de ser é cerceador da cidadania e do profissionalismo na gestão pública. Material completo solicitar: [email protected]



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