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O Imperialismo na China - Parte II
(Miss Emery)

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A perda de interesse nos cinco portos abertos anteriormente se tornou evidente, a miragem do mercado inesgotável continuava, logo, novos pretextos foram arrumados para se estabelecer mais duas Guerras do Ópio, travadas em 1856 e 1858, com apoio da França aos britânicos. Por causa destes dois combates, novos tratados foram assinados, evidenciando ainda mais a perda da soberania chinesa sobre seu território. Nestes tratados foi estabelecida a abertura de mais de 11 portos; jurisdição autônoma para os processos estrangeiros; liberdade de ação para as missões cristãs; direito de manutenção de representantes permanentes nas alfândegas chinesas, entre uma série de outros direitos que feriam o governo chinês. Conseqüentemente, estes tratados produziram na China um grande impacto negativo sobre sua produção artesanal, causando desemprego e fome; uma maior repressão à população camponesa; monopólio da educação pelas missões francesas; e, o mais importante, a perda praticamente total da soberania do governo chinês sobre seus territórios. Pode-se resumir este processo através das palavras de Marx, ao concluir que: "a primeira condição de preservação da Velha China era seu total isolamento. Uma vez que a Inglaterra deu fim brutal a esse isolamento, a decomposição sobrevirá com a mesma inexorabilidade de uma múmia retirada do hermético sarcófago em que estava preservada e exposta ao ar livre"[1]. É claro, que essa condição vexatória na qual a China se encontrava, com perda da sua soberania, levou a revoltas de caráter nacionalista. O principal movimento contra o imperialismo europeu na China é conhecido como Levante dos Boxers. Este movimento parte de uma associação secreta, a Sociedade Harmoniosos Punhos Justiceiros, também conhecida como Sociedade dos Boxers, presente no norte do país. Apesar dos esforços do governo para suprimi-la durante o século XIX, a Sociedade dos Boxers conta com o apoio popular crescente e promove rebeliões e atentados contra estrangeiros e missionários cristãos. Porém, todos os esforços se tornaram em vão e o levante foi abafado pelo exército formado por tropas ocidentais e japonesas. Portanto, este breve resumo da história da China no século XIX, evidencia as políticas de expansão de poder ou dominação de um Estado ou sistema político sobre outros. Conhecida como imperialismo, esta expansão se realiza através da conquista ou anexação de territórios, pelo estabelecimento de protetorados e, principalmente, pelo controle de mercados ou monopólios. A política imperialista não tem como objetivo a expansão territorial e sim a ampliação do mercado através de uma política econômica liberal. Por sua vez, pode-se perceber que esta envolve sempre o uso da força e tem como conseqüência a exploração econômica, em prejuízo dos Estados ou povos subjugados. Além de exibir o imperialismo, a história chinesa no século XIX mostra o discurso nacionalista sendo assimilado pelos povos dominados, ou seja, pelas nações economicamente fracas. Através da China oitocentista, pode se perceber um discurso atual, no qual o nacionalismo é apresentado como fundamento para opressão, ou seja, mostra um discurso que ao nível externo resulta no expansionismo, mas ao nível interno resulta em xenofobia. [1] MARX, Karl. Revolution in China and in Europa in http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/china_3.htm



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